Foram dez anos afastado dos palcos, e o retorno foi triunfal. Com direito a aplausos em cena aberta, inclusive. Osmar Prado, um de nossos maiores atores, estreou no Rio de Janeiro “O veneno do teatro”, na qual contracena com Maurício Machado sob a direção competente de Eduardo Figueiredo. A montagem entrou em cartaz na noite da última quinta-feira (02) no Teatro Firjan SESI Centro, onde fica até 02 de junho, após temporada em São Paulo e bem-sucedidas apresentações pelo país.
A estreia foi prestigiada por personalidades como o jornalista Carlos Henrique Schroder, o produtor e diretor de TV e cinema Ricardo Nauenberg e por grandes nomes do teatro como as atrizes Guida Vianna e Stella Miranda, entre outros. Os convidados atenderam ao chamado dos empresários e RPs Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho.
Na trama, escrita pelo espanhol Rodolfo Sirera, o Marquês, interpretado por Prado, convida à sua casa o ator Gabriel de Beaumont (Machado) para apresentar-lhe o texto com o qual pretende fazer sua primeira incursão pelas artes dramáticas. A partir desse encontro estabelece-se um jogo teatral cujas peças colocam em xeque temas relacionados à veracidade da atuação dramática assim como os assuntos levados à cena, que precisam ser tão verossímeis quanto o desempenho do ator e a própria vida em si.
Ambientado originalmente no século XVIII, mais exatamente no período conhecido como Iluminismo (por isso as eventuais menções a Diderot), o texto é uma verdadeira ode de amor ao teatro e, certamente por isso, já foi encenado em 62 países. A encenação brasileira, criada a partir da tradução de Hugo Coelho, conta ainda com a participação do violoncelista Matias Roque Fideles sob a direção musical de Guga Stroeter.
Crédito das imagens: Eny Miranda