‘Beijei todos os galãs da TV brasileira’

janeiro 23, 2022

Christiane Torloni revela como foi contracenar no cinema com astro de Hollywood

Crédito: Reprodução Instagram

Christiane Torloni é uma das atrizes mais interessantes da sua geração. Irrequieta,  personificou os mais diferentes tipos, de vilãs a heroínas, transitando entre o drama e o humor sem se repetir. Sua personagem no filme “Chico Xavier” e sua Maria Callas na peça “Master class” são provas dessa versatilidade. Ela ainda teve a sorte de beijar os mais belos galãs da TV, como revela neste bate-papo. De uns anos para cá, abraçou causas humanitárias como a defesa da Amazônia. Ela é uma mulher de sorte e, nesse quesito, a sorte é nossa também.

Você ganhou recentemente o Prêmio Ecoa, na categoria Vozes que Ecoam, que homenageia personalidades que levam o público a se engajar em transformações positivas da sociedade. O que este prêmio representa para você?

Uma premiação tem dois aspectos que acho muito interessantes: o primeiro diz respeito a um reconhecimento. Alguém ou mesmo a sociedade percebe sua jornada e traz um reconhecimento para isso. O segundo responde a uma pergunta que você se fazia, e que só você sabia naquele momento: estou caminhando na direção certa? Certos prêmios têm esse significado, de reconhecer um trabalho que está sendo desenvolvido. Principalmente no caso do Ecoa, para qual foram indicados nomes como o do Lázaro (Ramos), (o escritor) Aílton Krenak, e a Marina Silva. Cada um no seu segmento, trabalhando em prol de uma mesma causa. A indicação e o fato de poder estar com essas pessoas já é um prêmio, e ele  vem de um lugar com um significado importante para mim.

 As mudanças climáticas que observamos têm a ver diretamente com o desmatamento da Amazônia?

As mudanças climáticas têm a ver diretamente com o desmatamento, mas também com a produção industrial no planeta, que joga gases nocivos na atmosfera, causando o efeito estufa. Já existem maneiras de fazer com que gases tóxicos sejam reciclados. O metano, gás produzido pelo gado, está sendo combatido de forma sustentável em algumas fazendas. Ele é reciclado em vez de ser jogado na atmosfera.

A novela “A Viagem”, protagonizada por você, já foi reprisada inúmeras vezes e sempre repete ótimos índices de audiência – atualmente pode ser vista no Globoplay. Qual é a razão do sucesso da trama?

“A viagem” é como um antídoto que, ocasionalmente, tem de ser reutilizado. Temos de retomar o tratamento da espiritualidade, e a Viagem é um convite, através dessa ferramenta linda que é a arte, para aprofundarmos os sentidos espiritualistas que temos. É uma novela que chama nossa atenção para esse universo do desconhecido através do amor. A novela vem se repetindo porque o mundo precisa de afago. É muita gente morrendo em razão da pandemia, e a novela vem nos dar esperança numa outra dimensão em que a gente possa sofrer menos. A (autora) Ivani Ribeiro era um gênio.

Você tem dezenas de fã-clubes espalhados pelo Brasil e pelo exterior. Como é a sua relação com os fãs?

Essas meninas foram se reinventando com as ferramentas que dispunham e nada se perdeu. Elas têm fotografias que eu nem sabia que existiam! Brinco que elas são a verdadeira Biblioteca Nacional (risos). Com humor, resignificaram o sentido da palavra fã, se alinhando à minha defesa da Floresta Amazônica. Elas perceberam que esse caminho é ecumênico e maior do que a minha arte. Somos diferentes, mas nos alinhamos em prol da arte e do planeta.

Você contracenou com Andy Garcia no filme ‘Open Road’.  Como foi o convívio com ele nos bastidores?

Essa é uma lembrança deliciosa. Ele é um homem bem-humorado, um sujeito com bom gosto. Tivemos oportunidade de jantar depois das filmagens, e a equipe era deliciosa. Contracenei também com a Carol Castro. Éramos mãe e filha e depois nos reencontramos em “Velho Chico” (novela da TV Globo). Ríamos muito. Somos duas flamenguistas.

Você já beijou os galãs mais bonitos da TV. Afinal, beijo técnico existe?

Beijei todos os galãs da TV brasileira, começando por Tarcísio Meira. E vou te falar uma coisa: beijo técnico existe sim! A gente reserva nossos sentimentos às pessoas de verdade. Tive companheiros maravilhosos e técnicos em cena. Por isso, pudemos fazer cenas tão divertidas e improvisar coisas maravilhosas porque sabíamos que estávamos num ambiente totalmente seguro. Fui beijada pelos mais belos galãs do Brasil e  respeitada por todos eles.

 

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