‘O bichinho da interpretação me pegou’

julho 8, 2022

Iza fala do trabalho no cinema, dos pitacos que dá nos clipes e, não fosse a música, abraçaria a moda

Única criança negra na escola particular onde estudou, Isabela Cristina Correia de Lima Lima (sim, o Lima no sobrenome é duplo) se deu conta de que, para ser respeitada, precisaria fazer valer sua voz. Publicitária por formação, criou na internet um canal para exercer sua verdadeira vocação: cantar. Isabela virou  Iza, um dos nomes mais interessantes no novo segmento pop. Acontece que a também técnica do “The Voice Brasil” vai muito além da seara musical: pode ser vista na TV, aliando seu carisma a produtos e serviços que vão do PicPay a agência de viagens e, no ano que vem, estreia como atriz. Sim, a nova faceta sera mostrada no musical “Um ano inesquecível – Outono”, segundo longa dirigido por Lázaro Ramos, como ela conta a seguir neste bate-papo com NEW MAG.

Você começou fazendo covers no YouTube. Como aconteceu o pulo do gato na sua carreira, quando você deixou de fazer covers para lançar suas próprias músicas?

As coisas aconteceram muito rápido, apesar de terem sido difíceis no começo. Mas quando a Warner entrou em contato comigo e percebi que tinha chamado a atenção das pessoas com os covers do Youtube, entendi que ali começava a minha carreira na música.

O videoclipe “Fé”, foi idealizado e dirigido por você e Felipe Sassi. No que diz respeito à sua carreira, o quanto você se envolve e está à frente?

Eu me envolvo totalmente. Eu gosto de dar ideias para os clipes. Chego sempre com as coisas abstratas ou ideias soltas, e o Sassi desenvolve de um jeito que eu gosto muito. Ele me entende sem julgamentos. Assim também é com a Bianca. Juntas, vamos pensando no figurino também. O que eu mais gosto no processo de criação do clipe é que, apesar de demorado, a gente vê que as coisas que a gente sonha e imagina acabam virando realidade.

O Sérgio Santos, seu marido, é seu produtor musical e compositor de alguns sucessos gravados por você. Qual é a importância do Sérgio na sua carreira?

O Sergio produziu meu primeiro álbum, foi assim que nos conhecemos, dentro do estúdio. Eu admiro demais o trabalho dele, a forma como conduz, e nos entendemos bem demais na hora de compor e produzir.

Você se formou em Publicidade e Propaganda, na PUC do Rio, e contou que, entre 2016 e 2017, quase desistiu da carreira musical, devido a uma crise financeira que enfrentou. Se não fosse cantora, o que você seria?

Acho que trabalharia com algo ligado à moda. Inclusive foi uma das faculdades que pensei em fazer.

Você estreia no ano que vem como atriz no musical “Um ano inesquecível – Outono”. Como foi a experiência de ser dirigida pelo Lázaro Ramos? Como é a sua personagem?

Ser dirigida pelo Lázaro foi um presente e uma honra para mim. Não tinha ninguém melhor com quem eu pudesse fazer meu primeiro trabalho como atriz. Eu admiro demais o trabalho dele como ator, como diretor, admiro a família dele, a Taís (Araújo, mulher do ator). Foi uma aula estar perto dele durante as gravações. Eu sempre gostei de audiovisual. É a minha formação, né? E acabei descobrindo que atuar é muito divertido. O bichinho da interpretação me pegou.

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