O termo influenciador caiu nas bocas e, de uns tempos para cá, ganhou status de profissão. Mas poucos são, de fato, os que usam da sua visibilidade em prol de uma causa. Ou mais de uma, em se tratando de Suellen Carey, brasileira radicada no Reino Unido que usa da redes para dar voz às questões de gênero e à luta contra a transfobia. Neste 29 de janeiro, quando é celebrado o Dia da Visibilidade Trans, NEW MAG abre alas para ela levantar algumas das bandeiras que a fazem querida também pelo público homossexual.
Em Londres, onde está radicada, Suellen pode ser quem ela é e andar na rua devidamente produzida. Em Belo Horizonte (MG), onde nasceu, certamente o mesmo não aconteceria. Hoje aclamada na web, ela não se esquece dos percalços vividos e das barreiras que precisou vencer.
– Sou sobrevivente da transfobia e já sofri tortura quando mais jovem. Essa data (o Dia da Visibilidade Trans) é necessária como alerta para que esse tipo de falta de humanidade não aconteça mais com ninguém – defende ela.
Uma das causas abraçadas pela influenciadora diz respeito à forma correta de se referir a uma pessoa trans. Tanto o termo “mulher trans” quanto travesti valem para ela, que não esconde a preferência pela segunda nomenclatura:
– Não tem nenhuma diferença, cada uma escolhe como gosta de ser tratada. Eu gosto de me chamar de travesti, para poder quebrar o preconceito em cima desse termo.
A defesa de tais conceitos reflete no número de seguidores, que cresce a cada dia. Ciente do seu “lugar de fala”, para usar um termo da ora, Suellen encontrou nesse nicho um meio de dar voz a um tanto de pessoas anônimas e invisíveis que, na grande maioria das vezes, são vítimas de preconceito e maus tratos por parte da sociedade.
– É muito importante que pessoas como eu consigam impor suas opiniões de maneira pública, que consigam levar uma mensagem da comunidade para o mundo – arremata a influenciadora.
E que assim continue!
Crédito da imagem: Reprodução (instagram)
