‘A pandemia trouxe o maior desafio da História’

julho 3, 2022

Conheça Silvia Albuquerque, diretora regional da GL Events, que recapacitou o uso da Jeunesse Arena no Rio de Janeiro

O isolamento social necessário nos primeiros dois anos da pandemia, levou muitos gestores a se reinventar. No segmento da diversão e do entretenimento, essa necessidade foi ainda mais urgente. E Sílvia Albuquerque, hoje diretora regional da GL Events no Rio de Janeiro, sentiu isso na pele. No começo da pandemia, ela comandava como diretora-geral a Jeunesse Arena, espaço com infraestrutura para eventos de grande porte como shows e torneios esportivos. A criatividade foi uma peça-chave para a executiva contornar obstáculos e recapacitar o uso daquele espaço – que recebe, hoje, bem mais espetáculos nacionais. Essa qualidade aliada à perseverança levaram-na a assumir, em janeiro deste ano, a gerência regional da GL Events no Rio de Janeiro, colocando-a também sob sua chancela o Riocentro, tradicional local de eventos na cidade, e o recém-inaugurado Lagune Barra Hotel. Sim, as responsabilidades aumentaram, mas não intimidam essa carioca que tem na resiliência uma de suas marcas, como ela mesma conta em entrevista ao NEW MAG.

A GL Events acaba de inaugurar o sofisticado Lagune Barra Hotel, no Rio de Janeiro. O que os turistas e os cariocas podem esperar deste empreendimento?

O Lagune Barra Hotel funciona em um prédio lindo, com projeto assinado por um arquiteto francês renomado. São mais de 300 quartos indevassáveis, equipados com todos os detalhes necessários para uma estada confortável, com uma vista linda, piscina, restaurante  e área de lazer excelentes. Sem dúvidas, é um empreendimento que agrega bastante valor à região. Estamos oferecendo tarifas convidativas, opções de day use, tudo para atender tanto aos turistas de negócios, que vão participar de eventos no Riocentro e região, quanto os moradores do Rio que buscam um momento de descanso longe da correria do dia a dia.

No momento mais crítico da pandemia, o estacionamento da Jeunesse Arena se transformou num grande drive-in, onde o público podia assistir a filmes e shows. Nesta fase a GL Events viveu o seu maior desafio?

A pandemia trouxe para as empresas do ramo de eventos o maior desafio da História. Foi preciso ser criativo para se reinventar e atravessar o período. Na Jeunesse Arena, temos a vantagem de um estacionamento muito espaçoso e usamos esse diferencial para oferecer ao nosso público algum entretenimento e diversão. Buscamos parceiros para tornar realidade o Drive-In, usamos o espaço interno para a realização de lives e, quando foi possível reabrir, estruturamos a casa para funcionar com distanciamento social, com lounges confortáveis onde antes era pista. Fizemos tudo o que foi possível até que pudéssemos retomar alguma normalidade.

 A programação da Jeunesse Arena está muito voltada para os shows internacionais. Isto é uma tendência?

Na verdade, no momento a nossa agenda está mais voltada para os shows nacionais. Já recebemos grandes nomes no primeiro semestre, como Marisa Monte e Ivete Sangalo, e teremos outros shows de destaque no segundo como a turnê de encerramento da carreira do Milton Nascimento, com três dias de ingressos esgotados. Ao longo do ano, chegaremos a mais de 20 shows nacionais. Temos uma estrutura excelente, e os artistas brasileiros têm procurado por essa estrutura para realizar espetáculos de padrão internacional. Na pré-pandemia, nossa programação era mais voltada para espetáculos internacionais, mas, com a alta do dólar e toda a situação que vivemos nos últimos dois anos, esse quadro se modificou um pouco, mas continuamos a ser o espaço no Rio de Janeiro que mais recebe shows internacionais.

Podemos adiantar algumas das atrações internacionais já confirmadas?

Apesar do cenário, já temos confirmados para este ano, por exemplo, Michael Bublé, Artic Monkeys, Harry Styles e Slipknot. Para 2023, temos previsão de voltar a receber uma grande quantidade de artistas e bandas de fora do país.

A GL Events segue um programa global de responsabilidade ambiental idealizado pela matriz francesa, o Think Green. Como funciona este programa?

A GL events busca minimizar os impactos ambientais da empresa em todo o mundo a partir do programa Think Green. Trabalhamos com diferentes frentes de atuação e para cada uma delas o programa traz objetivos específicos. Usamos a madeira e outros materiais de maneira adequada evitando desperdícios na montagem de eventos da GL Live, na Jeunesse Arena trabalhamos com um sistema de reuso de águas pluviais, as feiras organizadas pela GL Exhibitions tem carpete com material reciclado à base de garrafas Pet, procuramos realizar a separação do lixo gerado pelos eventos de forma a reciclar o máximo possível, entre outras iniciativas. Em todas as nossas vênues estamos aplicando melhorias nesse sentido, buscando oferecer ao nosso cliente a melhor experiência com o mínimo impacto para o meio ambiente.

Você é diretora regional da GL Events e este ano completa 10 anos na empresa. Qual foi a mudança mais significativa que ocorreu nestes 10 anos?

Entrei na GL events em 2012, na gerência de uma área mais comercial. No início, não lidava diretamente com os eventos, mas pude conhecer bem a estrutura da Jeunesse Arena e a do Riocentro. Depois de 3 anos, fui convidada a assumir a direção da Jeunesse Arena, um grande desafio que me ensinou muito sobre a estrutura de um evento de ponta a ponta. Como diretora do espaço, participei de mudanças estruturais, atualizamos os modelos de negócio e, quando tivemos a primeira alta do dólar, realizamos ações focadas na retomada da agenda internacional. Ainda no comando da Arena, criei modelos de parcerias para acelerar a agenda nacional, iniciativa que deu supercerto. O resultado foi positivo e atribuo muito disso à minha capacidade de ser criativa no dia a dia, além de resiliente. Tanto que, no ano passado, fui convidada para ser gerente regional do Rio de Janeiro, comandando também o Riocentro e o Lagune Barra Hotel.

Crédito da imagem: divulgação

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