Soberana engajada

julho 16, 2022

Sobrinha de Arnaldo Jabor usa do teatro para despertar a consciência ambiental do público já na primeira infância

Por pouco Andréa Jabor não seguiu os passos do tio, o genial cineasta Arnaldo Jabor (1940-2022), mas a paixão pela dança falou mais alto. A ponto de levá-la a Londres, de onde voltou com uma especialização certificada pelo Laban Centre. Pois bem, em 2015, ela iniciou uma pesquisa para um tipo de público com o qual ainda não havia trabalhado: crianças da primeira infância, cuja faixa etária vai dos 3 aos 6 anos.

Essa incursão resultou em espetáculos, através dos quais une teatro, música e, claro, dança. O mais novo fruto é “A Rainha – Experiências extraordinárias para a primeira infância”, que ela estreia no próximo sábado (23 de julho), no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro.

– As Rainhas permeiam nosso imaginário desde cedo. As fábulas, os contos e histórias infantis estão repletas delas, boas e más. A rainha representa para mim,  neste espetáculo, o arquétipo da mãe natureza, que encanta, domina, cuida, é bela, orienta, acolhe, é forte, mas muito frágil ao mesmo tempo – explica Andrea que quer despertar nos pequenos o interesse pelos cuidados com o Meio Ambiente.

Tanto é que um dos temas abordados no espetáculo é o do risco de extinção que correm as abelhas, animais fundamentais para a perpetuação das flores no nosso planeta:

– A fase de 3 a 6 anos é muito marcante, um período de grandes transformações, quando as crianças conquistam uma maior autonomia em relação aos aspectos de sua vida. No movimento, na fala, nas ideias, nas escolhas, aonde aprendem a viver em sociedade e a criar seus mundos paralelos de fantasia e possibilidade.

Crédito da imagem: Renato Mangolin

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