Famosa pelo timbre único e pela gargalhada contagiante, a cantora Fafá de Belém teve dois belos motivos para se emocionar na noite da última terça-feira (04) na Marquês de Sapucaí. Ela desfilou simplesmente por duas escolas na noite que fechou as apresentações do Grupo Especial. A diva saiu pela Grande Rio e pela Portela. Em ambas, sua presença foi importantíssima, o que a fez encarar a maratona. Enquanto a agremiação de Duque de Caxias homenageou o Pará, estado natal da artista, a Azul e Branco fez um tributo a Milton Nascimento, compositor muito presente no repertório da estrela.
– Desfilar na Grande Rio é um momento de profunda conexão com a minha terra, o Pará. O enredo fala do nosso povo, da encantaria e da minha querida Cabocla Mariana, uma presença muito forte nos nossos rituais. Ser convidada para estar no Abre-Alas, ao lado de Dira Paes e Naeme, é emocionante – destacou ela sobre o primeiro desfile da noite.
Já na segunda passagem pela Avenida, a emoção também foi intensa. Fafá lembrou de como tem uma ligação íntima com Milton, autor de canções que tornaram-se hinos na sua voz, como “Menestrel das Alagoas”, na qual homenagearam Teotônio Vilela (1917-1983). O convite para que ela desfilasse, aliás, foi feito pelo próprio Bituca.
– Como se não bastasse essa felicidade, estava de férias em Portugal quando recebi uma ligação muito especial. Era um amigo de longa data, alguém que conheço desde os meus 13 anos, me convidando para dividir com ele um momento único. Esse amigo é Milton Nascimento. Dentro da música, ele é um dos meus únicos amigos verdadeiros, daqueles que fazem parte da vida, da família. Então, é um turbilhão de emoções, sair da Grande Rio, correr para trocar de roupa e, na sequência, celebrar esse artista gigante que é Milton Nascimento, na Portela – conclui a diva paraense.
Antes de desembarcar no Rio de Janeiro, a cantora ainda apresentou shows em Salvador e no Recife, durante o Carnaval. É a tal “saúde civil”. Viva Fafá! Viva o Brasil!
Crédito da imagem: Rafael Arantes
