Palavras de musa

abril 4, 2022

Lygia Marina vai lançar livro no qual fala da relação de 19 anos com o escritor Fernando Sabino e dá sua versão sobre ser a inspiração para 'Lígia', clássico de Tom Jobim

Musa de artistas,  intelectuais e figura muito querida pela boemia carioca, Lygia Marina vai lançar suas memórias. “Música na alma” sairá pela Vermelho Marinho, de Tomaz Adour, e o lançamento está previsto para setembro, mês do aniversário da autora.

O título “Música na alma” não é por acaso. A música sempre esteve presente na vida de Lygia. Tanto que a frase que abre a obra é “E por falar em saudade, onde anda você”, versos de “Onde anda você”, parceria do poeta Vinicius de Moraes com Ermano Silva.

Lygia foi mulher do cineasta Fernando Amaral (1932-1992), com quem teve um filho, e casou-se em seguida com o escritor Fernando Sabino (1921-2004), com quem ficou por 19 anos. Reza a lenda que foi inspirado por ela que Tom Jobim (1927-1994) compôs Lígia, lançada por Chico Buarque no LP “Sinal fechado”, de 1974, e gravada por Tom em “Urubu”, em 1976. Sabino e Tom estão presentes no livro, claro.

– Há um relato sobre essa canção no qual exponho o meu ponto de vista. O livro é uma oportunidade de eu esclarecer algumas questões que envolvem o meu nome e a minha figura – conta ela ao NEW MAG.

O livro certamente trará histórias saborosas como a do encontro entre Lygia e Tom. Ela estava no Veloso (hoje Garota de Ipanema) com uma amiga quando conheceu o compositor, em fins dos anos 1960. Tom tomou coragem e se aproximou das duas, no que ouviu da futura musa:

– Estava há pouco com a Beth (filha do maestro). Sou professora dela.

– É a primeira vez na minha vida que uma paquera vira reunião de pais e professores – devolveu o compositor com bom humor.

Crédito da imagem: Ronaldo Câmara

 

Posts recentes

Mestre celebrado

Academia Brasileira de Letras fará palestra dedicada ao cancioneiro de Caetano Veloso

Retorno aguardado

Os irmãos Liam e Noel Gallagher, da banda Oasis, voltam a tocar juntos após 16 anos