Discreta e obstinada

agosto 13, 2024

Joana Motta, produtora de sucessos teatrais, é a prova de que o bom fruto não cai longe do pé. Vem saber

Ela é proativa e low profile como o pai. É fina e educadíssima, como a mãe. Tudo somado, o resultado é o de uma profissional sonhadora e realista. Assim é Joana Motta, produtora de grandes sucessos do nosso teatro. E exemplos não faltam. Dois deles são “Cassia Eller” e “S’imbora, o musical – A história de Wilson Simonal”, dirigidos, respectivamente, por João Fonseca e Pedro Brício, e dos quais Joana fez a direção de produção.

Acontece que a moça é como o pai, Nelson Motta. Zero saudosista, ela vive o presente. E, hoje, responde por “Norma”, espetáculo no qual Nívea Maria mostra a grande atriz que é, e ajuda a realizar “A.M.i.G.A.S”, cuja nova montagem estreia este mês trazendo  Julia Iorio, Luiza Lewicki , Isabel Castello Branco e Bernardo Coimbra no elenco.

– Estou ainda às voltas com um infantil  com tema voltado ao Meio Ambiente – entrega a produtora revelando ainda planos de reverenciar um grande nome do funk: – E quero levar à cena “Catra, o musical”.

Joana tem motivos para retomar os sonhos e reativar as baterias. Em 2020, com os teatros e casas de espetáculos fechados em razão da pandemia, foi estudar psicologia e assim ela segue como aluna de uma universidade particular do Rio de Janeiro. E o aprendizado só têm a contribuir ao trabalho da produtora, como ela constata:

– Pode até parecer invisível o trabalho do produtor, que precisa ter maestria em harmonizar todos os núcleos. E quanto mais se entende as pessoas, mais harmonia se consegue. Isso é fundamental para o grupo avançar.

E, para ela, a equipe formada a cada novo trabalho vai além das relações pautadas por afinidades ou entrosamento; tem a ver com laços e elos afetivos.

– Confio realmente no talento de quem está trabalhando comigo. Não faria nada em que não acreditasse, apenas pensando no lado comercial de um projeto. Não se trata apenas de fazer uma peça, mas criar uma família – arremata ela.

Nelsinho e a saudosa Mônica Silveira fizeram, pelo visto, um excelente trabalho. E o teatro só tem a ganhar – e retribuir.

 

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