O catarinense Godofredo de Oliveira Neto tomou posse, na noite da última sexta-feira (02 de setembro), na Academia Brasileira de Letras (ABL). O escritor e professor vai ocupar a cadeira de número 35, cujo antecessor foi o jurista e também professor Candido Mendes (1928-2022). Autor de 21 títulos, entre romances e livros de contos, o novo imortal coleciona prêmios como o Jabuti, um dos mais importantes da literatura brasileira, ganho em 2006.
A cerimônia foi prestigiada por grandes nomes, como os imortais Carlos Nejar e Nélida Piñon, e novos companheiros de fardão, como a atriz Fernanda Montenegro e o compositor Gilberto Gil. No seu discurso, Oliveira Neto defendeu o acolhimento às diferenças e a extinção de todo e qualquer tipo de preconceito:
– Escolhas necessárias, fundamentais e estruturantes que exigem, se desejarmos uma nação ciente do seu caminho civilizatório, exigem banir o preconceito étnico, o preconceito religioso, o antissemitismo, a misoginia, a homofobia, o etarismo, a violência e o preconceito de gênero e o racismo. Vidas negras e vidas indígenas importam, vidas e a integridade das mulheres importam!
Nascido em Santa Catarina em 1951, Oliveira Neto também exerceu na vida acadêmica sua devoção à Literatura. Mestre em Letras pela Universidade Paris III, na França, onde também se graduou, é doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde é professor no departamento de Letras Vernáculas. Pós-doutor em pesquisa pela Georgetown University, nos EUA, tem livros traduzidos para o francês e o búlgaro.
Crédito das imagens: Richam Samir