Veio para ficar

março 8, 2025

Tendo IZA como talismã, Baile de Máscaras do Fairmont estreia com tudo para figurar entre as grandes festas do Rio de Janeiro

Há muito que o Carnaval não termina na Quarta-feira de Cinzas – e no Rio de Janeiro não é diferente. Um baile de máscaras chegou chegando com tudo para figurar entre as grandes festas que agitam o tríduo momesco. O evento em questão é o Baile de Máscaras do Fairmont, cuja primeira edição aconteceu, na noite da última sexta-feira (07), no hotel, um dos mais sofisticados da orla de Copacabana, Zona Sul da cidade. A noite teve na cantora IZA sua atração principal – e a escolha não poderia ter sido mais do que acertada.

Tendo como mote “Jardim tropical — Entre flores e fantasias, o Paraíso é real”, o evento fez jus ao clima proposto e os salões do quarto andar foram transformados numa autêntica floresta equatorial,  com performers escolhidos a dedo por Sérgio Mattos e caracterizados por Adriana De Bossens como araras e até duendes num clima “Sonho de uma noite de (alto) verão”, numa ambientação que só mesmo um craque como Alexandre Schnabl para coordená-la.

E os convidados fizeram bonito e capricharam (especialmente as mulheres)  nos looks, que, além máscaras, incluíam ornamentos nos pescoços e nas cabeças. E a festa promoveu aquela mistura saborosa de artistas, nomes da sociedade, jornalistas, empresários,profissionais de saúde, musas (tendo na eterna Garota de Ipanema Helô Pinheiro sua mais perfeita tradução) e, em se tratando de um hotel, turistas é claro.

Passava pouco das 22h quando  IZA chegou ao local, rumando para o backstage. E por lá ficou até quase uma da manhã, quando subiu ao palco para um show arrebatador e salpicado de sambas e hits carnavalescos. E quem achava que a moça começaria cedo, por ter dado à luz a pequena Nala, se enganou. IZA soube mesclar temas do próprio repertório, como “Fé nas malucas” e “Dona de mim”, a clássicos como “Minha pequena Eva” e sambas como “Pé na areia” e “Vou festejar”, respectivamente dos repertórios de Diogo Nogueira e Beth Carvalho (1946-2019).

A noite contou ainda com uma surpresa que resultou num dueto improvisado. Ao ver a cantriz Isabel Filardis na fila do gargarejo, a estrela a convidou para cantarem juntas “Meu talismã”, com um argumento irresistível apresentado por IZA.”Sempre quis cantar essa música contigo”,propôs, e Isabel não se fez de rogada e, em instantes, estava ela no palco. E o resultado tornou a noite única e ainda mais inesquecível.

Dois mestres do nosso soul e do funk também foram reverenciados pela artista, que rendeu tributos a Tim Maia (1942-1998) e a Jorge Bem Jor. E, ao contrário do que apregoa a letra de “País tropical”, IZA é, sim, uma band leader.

– Cantar para vocês de pertinho é muito mais gostoso – reconheceu,  dando a deixa para os números finais. E um deles era “Fé”, canção composta na época da pandemia e reavivada agora por dois orixás da nossa música: Maria Bethânia e Caetano Veloso. Sim, “fé para quem não foge à luta”… E IZA  deu, mais uma vez, sinais de que não foge da luta e nem da raia.

E a noite contou ainda com ritmistas da Grande Rio fechando a noite com chave de ouro, com direito a dez redondo, sem o confisco de décimos por jurados incautos.  E, assim,a noite seguiu, animada. Carnaval é como uma partida de futebol: só acaba quando termina.

Créditos: Christovam de Chevalier (texto e imagens), divulgação (imagens) e reproduçõe (instagram)

 

MAIS LIDAS

Posts recentes

Veio para ficar

Tendo IZA como talismã, Baile de Máscaras do Fairmont estreia com tudo para figurar entre as grandes festas do Rio de Janeiro

O último adeus

A missa pelo sétimo dia da morte de Affonso Romano de Sant ’Anna será celebrada em igreja da PUC-Rio, onde o escritor fez carreira

É coisa nossa

Conheça a brasileira que faz bonito na Semana de Moda de Paris e que tem tudo para figurar no topo do ranking