Os “coroas” não são mais aqueles. Eles dão um bom de um caldo e estão cheios de ideias. E atentos aos talentos da chamada nova MPB. Aquiles e Miltinho, dois dos fundadores do mítico MPB4, são dois exemplos disso. Unindo tradição e renovação, criaram um movimento denominado Em Frente, cujos pilares são os de dar visibilidade aos artistas da chamada velha guarda ao mesmo tempo em que jogam luz sobre talentos ainda desconhecidos do grande público.
O caldo vem engrossando com a adesão de importantes companheiros de geração e de nomes surgidos nas décadas seguintes. O cantor e compositor Toquinho, a cantora e compositora Joyce Moreno, o compositor e arranjador Antonio Adolfo, a cantora e ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda e o jornalista e crítico musical Hugo Sukman são alguns dos nomes que aderiram ao movimento. E, pelo andar da carruagem, a coisa vai de vento em popa.
– Está criada a possibilidade para que mais pessoas sejam integradas ao grupo. Para tanto, convites serão feitos àqueles que já manifestaram o desejo de interagir com o Em Frente – conta Aquiles sobre o grupo, que tem página no instagram e está aberto a propostas através do e-mail grupoemfrente@gmail.com.
O etarismo é de fato um dos temas que o grupo quer combater, mas não o único. Tanto é que o conjunto tem atraído também o interesse de jovens artistas. Uma das recentes adesões é a do jovem pianista Breno Ruiz, que participou de show apresentado pelo MPB4 no Blue Note, em São Paulo, no último dia 17.
– O movimento nos dá a certeza de que há gente pensando, trabalhando e cuidando para que nossa música e nosso ofício renovem-se, mantenham-se vivos e sigam em frente – celebra Ruiz.
Reza o ditado que para frente é que se anda. Em frente, melhor dizendo.