Houve um tempo (nem tão longínquo) em que o jornalismo foi exercido com excelência no país. E houve um veículo, em particular, onde o jornalismo foi praticado com ousadia, correção, dedicação e um ingrediente que faz a diferença: paixão. O tal veículo em questão foi o Jornal do Brasil, que lançou tendências, fez a cabeça de gerações de brasileiros e foi ali onde, como naquela canção de Milton Nascimento, “muita gente boa pôs o pé na profissão”.
Esse importante veículo de imprensa tem sua história contada em “JB – A invenção do maior jornal do Brasil”, livro do jornalista Luiz Gutemberg com prefácio do professor Muniz Sodré, referência no estudo de Comunicação no país. A obra foi lançada, na tarde da última quinta-feira (11), em evento na Academia Brasileira de Letras (ABL).
O lançamento foi precedido por bate-papo que reuniu o jornalista e presidente da ABL, Merval Pereira, o poeta e imortal Geraldo Carneiro, e os jornalistas Luiz Lobo e Mario Feijó. E foi prestigiado por referências do bom jornalismo, que passaram ou não pelo Jotinha, como o também imortal Ruy Castro e a jornalista Cecília Costa Junqueira, que editou, por bons anos, o “Prosa e verso”, caderno de saudosa memória publicado aos sábados em O Globo.
Ainda é possível encontrar (poucos) focos de excelência no jornalismo. Que a leitura dese livro desperte as novas gerações para a importância que a profissão de jornalista teve um dia (nem tão longínquo assim).
Crédito das imagens: Cristina Granato