Um senhor produtor

novembro 25, 2022

Manoel Barenbein, produtor de discos fundamentais da Tropicália, tem suas histórias reunidas em livro pelo jornalista Renato Vieira

Chico Buarque era ainda um estudante de Arquitetura quando foi convencido a gravar seus próprios sambas. O responsável por fazer a cabeça de Chico foi Manoel Barenbein, produtor de discos fundamentais da Tropicália e de outros artistas da música. No ano em que ele completa 80 anos, o produtor paranaense tem suas histórias reunidas no livro “O produtor da Tropicália – Manoel Barenbein e os álbuns de um movimento revolucionário” (Garota Fm Books), escrito pelo jornalista musical Renato Vieira, do jornal O estado de São Paulo. Com prefácio de Gilberto Gil, a obra será lançada no dia 1º de dezembro, na Livraria da Travessa de São Paulo e, no dia 06, na Travessa do Leblon, no Rio de Janeiro.

Fico muito feliz de poder falar desses discos que produzi. Muito humildemente, eles são históricos. Devo muito aos artistas com quem trabalhei, e este livro também é uma forma de agradecer a todos eles – celebra Barenbein.

Outro momento revelador da obra diz respeito aos discos gravados por Caetano e Gil em fins dos anos 1960, em Salvador, onde os artistas encontravam-se presos antes de serrem exilados do país. O livro traz também depoimentos sobre artistas como Rogério Duprat (1932-2006), autor de capas antológicas, Gal Costa e Erasmo Carlos, que nos deixaram recentemente.

Ele sempre gostou de estar nos bastidores. Ele acredita que o holofote tem que ser do artista. Graças à compreensão de Barenbein, esses artistas se sentiram livres para criar. Ele estimulava isso  – defende Renato Vieira.

Crédito da foto: Arquivo pessoal

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