Chico Buarque era ainda um estudante de Arquitetura quando foi convencido a gravar seus próprios sambas. O responsável por fazer a cabeça de Chico foi Manoel Barenbein, produtor de discos fundamentais da Tropicália e de outros artistas da música. No ano em que ele completa 80 anos, o produtor paranaense tem suas histórias reunidas no livro “O produtor da Tropicália – Manoel Barenbein e os álbuns de um movimento revolucionário” (Garota Fm Books), escrito pelo jornalista musical Renato Vieira, do jornal O estado de São Paulo. Com prefácio de Gilberto Gil, a obra será lançada no dia 1º de dezembro, na Livraria da Travessa de São Paulo e, no dia 06, na Travessa do Leblon, no Rio de Janeiro.
– Fico muito feliz de poder falar desses discos que produzi. Muito humildemente, eles são históricos. Devo muito aos artistas com quem trabalhei, e este livro também é uma forma de agradecer a todos eles – celebra Barenbein.
Outro momento revelador da obra diz respeito aos discos gravados por Caetano e Gil em fins dos anos 1960, em Salvador, onde os artistas encontravam-se presos antes de serrem exilados do país. O livro traz também depoimentos sobre artistas como Rogério Duprat (1932-2006), autor de capas antológicas, Gal Costa e Erasmo Carlos, que nos deixaram recentemente.
– Ele sempre gostou de estar nos bastidores. Ele acredita que o holofote tem que ser do artista. Graças à compreensão de Barenbein, esses artistas se sentiram livres para criar. Ele estimulava isso – defende Renato Vieira.
Crédito da foto: Arquivo pessoal