Tal como a lenda da fênix, a ave que, após morrer, ressurge das cinzas, o Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio também passou pelo fogo e renasceu. O espaço sofreu grave incêndio em 1978 e, três anos depois, reabriu graças à mobilização da classe artística. Desde então, reconquistou seu lugar como importante centro cultural e chega aos 75 anos com tudo em cima. A mostra “Museu-escola-cidade: o MAM Rio em cinco perspectivas” será aberta ao público no sábado (27), com cerca de 500 itens do próprio acervo.
Obras de grandes artistas como Anita Malfatti (1889-1964), Anna Bella Geiger, Candido Portinari (1903-1962), Carlos Vergara, Hélio Oiticica (1957-1980), Ivan Serpa (1923-1973), Lygia Clark (1920-1988) e Nelson Leirner (1932-2020) fazem parte da exposição. A curadoria é de Beatriz Lemos juntamente com a equipe de profissionais do museu.
O visitante é convidado a olhar para a trajetória do museu nas suas três primeiras décadas por meio da educação, do design, da experimentação na produção artística, da Cinemateca do MAM e dos movimentos artísticos na história da arte brasileira e internacional. O incêndio histórico de 1978 é o marco temporal da mostra.
– As obras do acervo são apresentadas juntamente com documentos dos arquivos do museu, escrevendo a história por meio de objetos, registros e narrativas que mostram cursos de ação que se entrecruzam em movimentos de convergência e divergência – conta seu diretor artístico, Pedro Lafuente.