Caio Blat nunca escondeu, nas entrevistas dadas ao longo da carreira, que o cinema é a arte que fala mais alto ao seu coração. Ele faz, aos 42 anos, sua estreia como diretor de cinema com “O debate”, estrelado por Débora Bloch e Paulo Betti, com lançamento no Rio de Janeiro na terça-feira (23), numa coprodução entre Giros Filmes, Paris Filmes e Sul Audiovisual.
O longa, com roteiro de Guel Arraes e Jorge Furtado, trata de temas importantes para a sociedade brasileira como a abrangência do uso de armas e a relação entre membros da classe política com as milícias.
– Esse é um filme cívico para a gente tentar interferir na realidade do país nessa eleição – comenta o ator chamando atenção para a tomada de posicionamento da classe artística: – É um filme-manifesto feito pelos artistas com essa intenção.
Pois o ator está mesmo envolvido com a sétima arte até o último fio de cabelo. Ele participa, como antecipado por NEW MAG, de uma adaptação de “Grande serão: veredas”, de João Guimarães Rosa (1908-1967), que será primeiramente exibida no cinema e, posteriormente, como série para o Globoplay.
Na trama, o ator viverá o jagunço Riobaldo, que se vê atraído por Diadorim, companheiro de grupo. Na série exibida em 1985 pela TV Globo, o papel foi interpretado com maestria por Tony Ramos e foi uma oportunidade de o galã se desvencilhar do estereótipo ao qual estava atrelado.
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