Ele revolucionou o uso do trombone na música brasileira – e na do mundo. Tudo porque, talentoso e genial, criou um instrumento com pedal de efeito e quatro válvulas (em vez das três habituais). Por conta disso, Raul de Souza (1934-2021) foi escalado para incrementar álbuns de grandes vozes brasileiras da mesma forma que de feras estrangeiras como George Duke (1946-2013) e Sonny Rollins, entre outros.
Raul, que saiu de cena aos 87 anos, será merecidamente homenageado por alguns dos mais importantes instrumentistas brasileiros. Marcos Nimrichter, José Arimatéa e Paulinho Guitarra são alguns dos dez nomes que sobem, nesta quarta-feira (26), ao palco Teatro Rival para o tributo “”Raul de Souza—>Bone”, cuja direção musical é do baixista Glauco Sölter.
– Queremos levar a música de Raul para muita gente! Paulinho Guitarra junta-se à banda, capitaneada por Glauco, que tocou com ele nos seus últimos 15 anos. Que a música dessa noite chegue aos ouvidos dele – celebra Carol Rosman, diretora artística da homenagem.
O repertório traz temas como “Wild and shy“, “Banana tree” e “Mitchs boogie“, entre outros. As criações, mais dançantes e com títulos em inglês, remetem à influência da cultura norte-americana na música do trombonista, que morou nos EUA por 14 anos. Uma delas é a pouco conhecida “Bom momento”, registrada num álbum gravado na França e jamais lançado.