Dezenas de amigos e fãs abraçaram o artista plástico Dudu Garcia em sua nova exposição, a primeira individual na galeria Anita Schwartz, em Ipanema, Rio. Os trabalhos inéditos foram criados através de um processo de acumulação de vários materiais sobre a tela – como reboco, pedra e cal encontrados no próprio ateliê do artista, um galpão na região portuária do Rio de Janeiro –, e depois escavados por Dudu. As 14 pinturas expostas discutem a relação entre tempo e matéria.
– Os materiais que uso estão disponíveis ali. São pedras, cal, reboco, limo. Assim como a indústria trabalha com códigos de referência de produtos, e os astrônomos igualmente classificam assim os astros, gosto de usar esta nomenclatura, pois a obra diz respeito ao lugar e ao tempo em que foi produzida. E ao tempo contido na matéria-prima. Acho interessante a arte caminhar em paralelo às ciências exatas. Hoje, com as descobertas espaciais recentes, vemos que o mundo físico cada vez se aproxima mais do metafísico. Acho que a arte tem um papel importante nessa discussão – disse Dudu.
Crédito das imagens: Marco Rodrigues