Uma faixa gravada por Elba Ramalho em “Capim do vale”, segundo LP da artista, já trazia o prenúncio de que se tornaria um clássico. A canção em questão era “Veja (Margarida)”, singela toada composta por Vital Farias. A canção tornou conhecido o nome do compositor em âmbito nacional como levou o timbre único de Elba a diferentes rincões do país. Procurada por NEW MAG, a cantora comenta com exclusividade sobre a relação estabelecida com o compositor, que morreu na última quinta-feira (06), aos 82 anos.
— Teria muito a falar sobre Vital Farias, sua alma boa e engraçada, também sobre seu temperamento forte, mas repleto de música. Tanta música que saia pelas mãos, veias e coração, preenchendo nossas noites de poesia — comenta Elba destacando a relação cordial entre eles: — Sempre tivemos um bom trato, um para com o outro, muito respeito e admiração! Amo cantar suas canções, todas elas.
E ama mesmo. Elba gravou outras pérolas do compositor, como “Ai que saudade d’ocê”, assim como voltaria a cantar “Veja (Margarida)” no histórico registro do show “O grande encontro”, realizado juntamente com Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho.
— Estivemos juntos em muitos momentos, tanto no palco, como na boêmia! Vi nascer alguns dos seus clássicos e até servi de fonte de inspiração, como na bela “Sete cantigas para voar”. Agora, só a saudade e o desejo que ele encontre paz na Eternidade, no Jardim do Céu, nos braços do Criador! Valeu, companheiro!
Esse é também o desejo de muitos dos fãs e amigos do compositor. Amigos como Elba, que pede mais uma vez a palavra para uma última homenagem:
— “Não se admire se um dia\ Um beija-flor invadir\ A porta da tua casa\ Te der um beijo e partir”… Fui eu — arremata ela.
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