Quem está no país é o diretor tcheco Petr Vaclav. Ele apresenta o longa “Il boemo”, neste domingo (17), dentro do festival Ópera na tela, no Parque Lage, no bairro do Jardim Botânico, Zona Sul da cidade. O longa, sobre o compositor Josef Mysliveček (1737-1781), foi assistido por mais de 100 mil pessoas na França, onde o diretor está radicado desde 2003.
Vaclav participou, na noite da última sexta-feira (15), da abertura da mostra, que, na sua sétima edição, exibirá nove óperas filmadas, algumas delas já antológicas, como “Carmen”, de Bizet (1838-1875), dirigida por Franco Zefirelli (1923-2019).
Sempre que um cantor lírico internacional vem ao país um fato se dá: ele inclui no repertório da apresentação “Azulão”, poema do grande Manuel Bandeira (1886-1968) musicado por Jayme Ovalle (1894-1955). E não foi diferente na noite de abertura, quando a cantora Eleonore Pancrazi incluiu a peça na sua apresentação.
Tal escolha é carinhosa, sabemos, mas, convenhamos, está muito batida. É como se o Brasil não tivesse dado ao mundo grandes autores do gênero como Carlos Gomes (1836-1896) e Heitor Villa-Lobos (1887-1959), sem falar em talentos da contemporaneidade.
Crédito das imagens: Cristina Granato