Tela e voz quentes

dezembro 14, 2023

Fafá de Belém estreia show em que referenda sua ligação com as telenovelas e com o qual quer viajar o país

Era o ano de 1975 e Maria de Fátima Palha Figueiredo estava num táxi quando ouviu na rádio que sua gravação para “Filho da Bahia” era uma das mais pedidas. Incluída na trilha de “Gabriela”, em 1975, a embolada botou o país para requebrar e tornou o nome de Fafá de Belém nacionalmente conhecido. E, a partir daí, a voz da cantora passou a embalar os mais variados personagens de telenovelas e, claro, o público.

São mais de 60 temas que fizeram com que o canto da artista ficasse incrustado nos corações brasileiros. Fafá sobe agora ao palco para referendar esse importante legado. Ela apresenta “Temas de novelas e grandes sucessos” no sábado (16), no Teatro Bradesco, em São Paulo.

A ideia para o projeto da primeira live da artista, apresentada no primeiro ano da pandemia. O repertório foi escolhido a partir da vontade de a artista se (re)conectar com seu público, em especial com as pessoas acima dos 60 anos, mais afetadas pelo distanciamento necessário.

– Vi acontecer muita coisa para gente jovem, mas não me sentia representada pelos shows que estavam acontecendo virtualmente – rememora Fafá, que quer agora “mambembar” com a iniciativa: –  Foi uma aderência linda e, desde então, venho pensando em levar isso para os palcos. Agora é a hora de viajar por todo o Brasil e levar esse show para as grandes casas.

E o público pode esperar temas marcantes como “Coração do Agreste”, incluída na trilha de “Tieta” e também canções lançadas por ela não necessariamente numa telenovela. É o caso de “Sereia”, parceria de Lulu Santos e Nelson Motta gravada pela artista para o especial  infantil “Plunct, plact, zuuum”.

Sim, Fafá revolveu o próprio baú de tesouros, mas pescou pérolas também em outros mares. Dois exemplos são “Dona”, gravada pelo Roupa Nova e incluída em “Roque santeiro”, e “Aguenta coração”, de José Augusto,  tema de abertura de “Barriga de aluguel”.

Esse tipo de ousadia uma artista como a atrevida Fafá pode (e deve) se permitir. Como ela rezava na abertura de “Rabo de saia”, “o chamego dá prazer”. E, sendo ao som de Fafá, tanto melhor.

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