Ele tem apenas 40 anos e já deixou sua marca no Carnaval carioca. O garotão (e põe garotão nisso) é Leandro Vieira, carnavalesco que brilha hoje na Imperatriz Leopoldinense após fazer História na Mangueira. O mesmo impacto que causa na Sapucaí pode se estender a outros cenários, tão populares quanto.
Em cartaz no Paço Imperial com a mostra “Corpo popular”, ele amplia sua proposta à Central do Brasil, uma das mais antigas estações de trem do país. Mais exatamente a um trem transformado em galeria que o público poderá visitar na plataforma 13. Isso se dará a partir deste sábado (09) e nos cinco sábados próximos, com o conteúdo sendo (re)montado a cada novo sábado.
– Conceber uma produção artística que resulta num ornamento transformado em vestuário, que será mostrado na avenida, tornou-se não apenas a minha produção artística mais significativa, como também, uma marca que registra meu trânsito visual com os territórios, os anseios e os corpos periféricos – conceitua ao artista-carnavalesco.
Para a jornalista Daniela Name, curadora da mostra, poder estender a mostra àquele cenário é uma forma de democratizar ainda mais uma arte que já é popular na sua gênese:
– As escolas de samba amadureceram como uma organização social e cultural em comunidades que margeiam a linha férrea. Além disso, os trabalhadores dos barracões, parceiros dos carnavalescos nas execuções de fantasia, são majoritariamente usuários do trem, meio de transporte muito importante para assegurar a circulação de componentes nos dias de folia.
Crédito da imagem: Tiago Morena