A geração que ganhou fama nos anos 1980 deixou marcas indeléveis nas artes visuais do país. Nem todos os talentos revelados naquela década estão aí, mas vários deles continuam atuantes. Um dos expoentes é José Leonilson Bezerra Dias (1957-1993), ou simplesmente Leonilson, cuja morte completa 30 anos.
Leonilson integrou a coletiva “Como vai você, geração 80”, que fez História, em 1984, na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage. Obras desse artista de estilo único e outras de seus companheiros de geração estão reunidas na mostra “Leonilson e a Geração 80”, aberta no último domingo (30), na Pinakotheke Cultural, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.
A coletiva, com curadoria de Max Perlingeiro, traz 35 obras, sendo 16 delas de Leonilson e as outras 19 de grandes nomes como Beatriz Milhazes, Luiz Zerbini, Leda Catunda e Gonçalo Ivo. Duas delas estiveram na histórica exposição: “Sonho de valsa”, de Chico Cunha, e “Metástase”, do vibrante Jorge Guinle Filho (1947-1987).
Agora, um dos principais motivos para ir à Pinakotheke é o de poder ver uma obra de Alex Vallaury (1949-1987), criador de personagens antológicos como a Rainha do Frango Assado e que, por ter sido pioneiro na arte em grafite, muitas de suas criações não puderam ficar perpetuadas nas galerias e bienais nas quais expôs. É o mesmo que se dá com o teatro: quem viu, viu; quem não…
Crédito das imagens: Marco Rodrigues