Severino redivivo

março 7, 2022

Musical que fez História ao unir, em 1965, a poesia de João Cabral de Melo Neto à música de Chico Buarque ganha, este ano, montagem no teatro onde nasceu

Em 1965, uma montagem teatral aproximou dois grandes talentos da nossa Cultura. Eram eles o já consagrado poeta João Cabral de Mello Neto (1920-1999) e Chico Buarque (então de Holanda), na época um talento promissor na música. A montagem era a de “Morte e Vida Severina”, auto publicado originalmente por Cabral em 1955 e que teve, dez anos depois,  seus versos musicados por Chico. A montagem estreou no dia 11 de setembro de 1965 com jovens atores do Teatro da Universidade Católica (Tuca) e chegou a ser apresentada no 4º Festival Universitário de Nancy, na França, onde ganhou o prêmio de Melhor Espetáculo.

Pois, este ano, o musical volta a ser encenado justamente no teatro onde nasceu. A nova montagem terá a assinatura do respeitado ator e diretor Elias Andreato, e a estreia está prevista para 16 de abril no Tuca. O elenco é formado por 13 jovens talentos.

Será a terceira vez em que o musical é encenado de forma profissional (a primeira foi amadora) e sob a batuta de um diretor consagrado. Nos anos 1990, “Morte e vida Severina” foi encenada pelo Grupo Tapa, de São Paulo, e foi dirigida também pelo mineiro Gabriel Vilela.

A montagem de Vilela inovou por usar no cenário fotos de Sebastião Salgado e por abrir o espetáculo com “Admirável gado novo”, de Zé Ramalho. O poeta João Cabral assistiu na época e aprovou a encenação.

 

Posts recentes

Tom sublime

Studio3 Cia de Dança volta ao MASP Auditório para novas apresentações do espetáculo em homenagem a Tom Jobim

‘Onde o mar arrebenta’…

Gilberto Gil vai realizar apresentações em um cruzeiro numa iniciativa que ganha adeptos entre os grandes nomes da canção

Alcance ampliado

Luísa Sonza emplaca duas faixas entre as mais ouvidas em plataformas de música na Argentina e no Uruguai