‘Sempre tive processos solitários’

julho 28, 2023

Tiago Iorc fala do novo álbum, destaca referências como Djavan e Gil e enaltece Ludmilla e Bruna Marquezine

Tiago Iorc começou a se interessar pela música muito cedo, mais exatamente aos 8 anos, quando vivia nos EUA. As influências vieram de nomes consagrados. Bob Dylan, Jeff Buckley (1966-1997) e Nick Drake (1948-1974) ajudaram a moldar o artista que ele viria a se tornar. Em 2008, seu primeiro álbum “Let yourself in” fez história e chegou a figurar entre os primeiros lugares da Billboard no Japão. No Brasil, ele estourou com o sucesso “Amei te ver”, em 2015, e chamou atenção de ídolos como Milton Nascimento e Sandy. Seu jeito reservado, principalmente quando compõe, deixou o público intrigado com o hiato sem lançar algo novo, quebrado agora com “Daramô”. O novo projeto, a carreira e a experiência de gravar clipe com a atriz Bruna Marquezine foram alguns dos temas abordados pelo artista nesta  entrevista ao NEW MAG.

Você fez imersões em novos lugares e culturas para as faixas do seu álbum “Daramô”. O que foi mais enriquecedor nesse processo?

Em outros projetos, sempre tive processos mais reclusos e solitários. Já com “Daramô”, foi justamente o contrário, me abri à troca, o que foi muito enriquecedor. Pude trocar com o povo da Bahia, descobrir referências locais, sonoridades e muitas outras coisas. A Duda, minha companheira, também esteve presente em todo o processo de criação. Foi muito importante essa convivência e a conexão que estabelecemos.

Você já gravou com grandes nomes da música como Milton Nascimento e, recentemente, lançou “Zangadinha” com Ludmilla. O que mais te atrai na trajetória da Lud?

Para mim, é uma honra essa parceria com a Ludmilla. Desde que surgiu a oportunidade fiquei muito animado. Sou fã demais dela, uma artista multifacetada, incrível! E também uma pessoa muito especial. É admirável acompanhar toda a trajetória dela e ver aonde ela chegou, tudo que tem conquistado com seu talento, carisma e garra.

Você já ganhou quatro prêmios Grammy. O que essa consagração trouxe de mais significativo?

É sempre muito emocionante ganhar um prêmio da magnitude do Grammy. Tem muita dedicação e entrega envolvidas durante a construção de cada projeto. Então, quando chega uma consagração e um reconhecimento como esses é muita felicidade e gratidão. A gente nunca espera que vá ganhar e é lindo demais quando isso acontece.

Dois de seus álbuns e diversas músicas foram feitas em inglês. O que motivou a decisão para compor mais em português? Pretende se aventurar também em outros idiomas e conquistar novos nichos no mercado internacional?

Essa transição para o português foi acontecendo aos poucos, de maneira gradual e natural. Penso que tudo está interligado e as composições refletem os momentos que eu estou vivendo. Comecei a sentir uma necessidade maior de buscar referências brasileiras, me conectar mais com a cultura do nosso país. Depois do grande sucesso de “Amei te ver”, percebi que estava na hora de estreitar a relação com o público brasileiro e acabei descobrindo novos ritmos e maneiras de tocar e compor, através da influência das obras de grandes artistas, como Djavan e Gilberto Gil.

A atriz Bruna Marquezine participou do clipe da sua música “Amei te ver”. Por que ela foi a escolhida? Você admira o trabalho da Bruna como atriz?

Claro, Bruna é uma atriz incrível! Na época, um amigo em comum nos apresentou, e ela foi superparceira, logo curtiu a ideia e se animou com a proposta do clipe. Ela topou mesmo sem nem me conhecer direito, viajando no próprio dia para a gravação, e o resultado ficou lindo. Amo aquele clipe!

Crédito da foto: Juian Vieira / divulgação

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