Você pode não ligar o nome à pessoa, mas já ouviu certamente alguma de suas canções. Até porque elas foram imortalizadas por nomes como Beth Carvalho (1946-2019), Elza Soares (1930-2022), MPB4, Quarteto em Cy e Leila Pinheiro, entre outros artistas, Estamos falando de Roberto Riberti, representante do samba paulista da linhagem de um Adoniran Barbosa (1910-1982) ou Paulo Vanzolini (1924-2013).
Nascido no Brás, o paulistano Riberti tem com o tempo uma relação apaziguada. Tanto é que ele quebra este ano jejum de 38 anos (isso mesmo) sem lançar um novo álbum. O fato já pede uma celebração, mas tem mais: o projeto em questão foi gestado ao longo de 11 anos. Sim, esse é o tempo que “Estrela é o samba” levou para ficar pronto.
E, devido a esse tempo, o álbum cumpre ainda o papel de brindar o público com gravações inéditas de vozes que não estão mais entre nós. São os casos de Magro, do MPB4, morto em 2012; Elton Medeiros, falecido em 2019, e Germano Mathias, que saiu de cena em fevereiro deste ano. O projeto chega às plataformas nesta sexta (02) distribuído pela Tratore.
Com o álbum, Riberti faz mais do que corroborar sua vocação de sambista, cujo primeiro álbum data de 1977. Trata-se de uma procura pessoal do gênero pela sua São Paulo natal, cidade que expandiu seu território nos últimos 40 anos, como ele próprio atesta:
– No Rio de Janeiro, o samba é cultuado em seus redutos e, por isso, é mais fácil de achá-lo. Já em São Paulo, ele se dilui pela cidade, que é imensa…
Crédito da imagem: Gal Opido