Ótimas notícias para quem vive de música no Brasil e no mundo. Mesmo em tempos de crescimento do uso de ferramentas de Inteligência Artificial, a arrecadação de direitos autorais cresceu. O Brasil subiu à 12ª posição entre os maiores mercados de direitos autorais musicais do planeta. E, na América Latina, somos o país número um, arrecadando € 224 milhões (R$ 1,375 bilhão).
Os números vêm do Relatório de Arrecadação Global, divulgado nesta quinta-feira (24) em Paris pela Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores (Cisac). No total, os direitos autorais musicais arrecadaram € 11,7 bilhões em 2023, um aumento de 7,6% em relação ao ano anterior – o que, convertendo, dá quase R$ 72 bilhões.
O Brasil brilhou no relatório, com um aumento impressionante de 23,5% na arrecadação em euros. Esse crescimento reflete o quanto a indústria musical brasileira está mais forte e organizada, ganhando cada vez mais espaço no mundo.
A Cisac também destacou como a música é peça-chave na economia criativa, comemorando esse retorno financeiro que está chegando com mais força para artistas e compositores.
– A IA está transformando nosso cenário, e o seu impacto ainda é desconhecido. Ferramentas de IA generativa estão produzindo conteúdos que são baseados nas obras dos criadores humanos e, às vezes, correm o risco de substituí-los. Sempre acreditei que só podemos abraçar novas tecnologias, e não tentar impedi-las – mas há uma ressalva sólida: isso nunca deve ocorrer às custas de comprometer os direitos autorais e os direitos humanos – comentou Marcelo Castello Branco, presidente do Conselho de Administração da Cisac e diretor-executivo da UBC.
Agora, com a palavra, os autores.
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