Romaria por Robert

fevereiro 14, 2025

Fãs fazem vigília por Robert Pattinson no Festival de Berlim, onde o astro irá lançar longa, relata Rodrigo Fonseca

por Rodrigo Fonseca

Tem gente fazendo fila na porta do hotel Hyatt, um dos centros nervosos da Berlinale, para esperar a passagem do ator inglês Robert Pattinson, o atual Batman, pelo evento alemão – apesar do tanto que neva no entorno. Aos 38 anos, ele vai passar pela cidade neste sábado (15), para promover o que pode ser um fenômeno de bilheteria: “Mickey 17”.

A direção é do sul-coreano Bong Joon Ho, ganhador da Palma de Ouro e de quatro Oscars pelo cult “Parasita”. Com o prestígio do astro em alta, somado a um apelo midiático como galã associado a ele desde a saga “Crepúsculo” (2008-2012), o longa-metragem tem tudo para virar “O” evento deste Festival.

– Estou interessado em boas ideias e não em fórmulas – disse Pattinson, ao NEW MAG quando passou pela Berlinale com “Z: A Cidade Perdida”, já em busca de mudança em sua carreira. – Quando ainda fazia ‘Crepúsculo’, fomos fazer a promoção de um dos filmes em um estádio lotado. Ao olhar ao meu redor, notei que estava rodeado por 15 mil pessoas de pé, numa salva de aplausos gigante. Parecia que a gente era os Beatles ou alguna seleção nacional de futebol. Aquilo foi uma manifestação de carinho, mas me assustou, pelo tamanho que certos filmes alcançam no nosso imaginário.

Casado com a cantora e compositora Suki Waterhouse, Pattinson foi atrás do respeito da ala mais sisuda do cinema ao unir forças com David Cronenberg em dois longas: “Cosmópolis”, de 2012, e “Mapas para as estrelas”, de 2014. Filmou ainda com os irmãos Safdie, com Claire Denis e com Robert Eggers, que o dirigiu no premiado “O farol” (produzido por Rodrigo Teixeira). – Busco realidades culturais distantes – declarou o ator, ao filmar “O Farol”.

“Mickey 17” é uma ficção científica que marca o regresso do oscarizado Bong Joon Ho, à direção, após um hiato de seis anos. Pattinson vive o funcionário de uma expedição colonizadora a um planeta distante que é substituído por clones de si mesmo sempre que se desgasta.

Estima-se que sua visita à Alemanha seja mais movimentada do que a vinda de Timothée Chalamet, nesta sexta, com “Um completo desconhecido”, o biopic de Bob Dylan. Houve uma fila quilométrica de repórteres para ouvi-lo falar sobre o pardal da música folk, em exibição hors-concours em Berlim. O longa concorre a oito Oscars.

Dos 19 concorrentes ao Urso de Ouro, dois foram exibidos para o júri, sem criar muito entusiasmo na crítica: o chinês “Living the land”, de Huo Meng, e o inglês “Hot milk”, de Rebexca Lenkiewicz, apoiado numa bela atuação de Fiona Shaw. A produção brasileira “O último azul”, de Gabriel Mascaro, passa em concurso no domingo (16). No dia 22 serão conhecidos os ganhadores.

*Enviado especial ao Festival de Berlim

Robert Pattinson em Berlim: sonho ou realidade?

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