Pode plugar a caixa de som e subir o volume no máximo. O filme “Aumenta que é rock’n’roll” foi consagrado como o grande vencedor do 27º Festival do Cinema Brasileiro de Paris. O longa dirigido por Tomás Portella e produzido por Renata Almeida Magalhães, levou o Troféu Jangada de Melhor Filme, eleito pelo júri popular, e ainda conquistou o Prêmio do Júri Jovem, formado por estudantes franceses que participaram das sessões escolares.
A premiação aconteceu nesta terça-feira (06), último dia do evento, no tradicional cinema L’Arlequin. O festival chegou ao fim batendo recorde de público: 7 mil pessoas em oito dias de programação.
“Aumenta que é rock’n’roll” conta a história de Luiz Antonio, vivido pelo ator Johnny Massaro, o jovem que assume o comando da Rádio Fluminense FM quando estava prestes a fechar as portas e a transforma — com enorme sucesso — na “Maldita”, a primeira emissora inteiramente dedicada ao rock no Brasil.
O personagem é inspirado em Luiz Antonio Mello, um dos criadores da “Maldita” e símbolo da resistência cultural carioca. Mello morreu aos 70 anos no último 30 de abril, poucos dias antes da consagração do filme em Paris.
— É um filme muito sincero que retrata a minha geração. Se passou numa época especial quando, no Brasil e em toda a América Latina, vivíamos o fim da ditadura militar. É um filme repleto de esperança — disse Renata ao receber o troféu das mãos de Dira Paes, a homenageada deste ano do Festival do Cinema Brasileiro de Paris.
Outro filme laureado foi “Malu”, dirigido por Pedro Freire. O longa venceu o inédito Prêmio Pass Culture, criado em parceria com o programa francês de incentivo à cultura.
Créditos da imagens: Divulgação (alto) e Daniela Ometto
