Reunidos em tela

abril 3, 2023

"As Cadeiras", estrelando Marco Nanini e Camilla Amado, retorna aos cinemas e apresenta o último trabalho da atriz

A magia do teatro perpetuada em cinema e um reencontro de amigos que não é mais possível em vida: Trata-se de “As Cadeiras”, peça estrelada por Marco Nanini e Camila Amado (1938-2021) que será transmitida em versão cinematográfica no Estação Net Gávea, no Rio de Janeiro. Ficando em cartaz por uma semana a partir da próxima quinta-feira (6), o filme, dirigido por Fernando Libonati, conta com o último trabalho realizado por Camilla em vida.

A ideia do espetáculo surgiu do desejo de continuar fazendo teatro apesar da paralização imposta pela pandemia da covid-19. Em 2020, Nanini, Camila e Fernando realizaram encontros virtuais para ler o roteiro e ensaiar a peça. Os atores e a equipe decidiram que o espetáculo teria uma versão gravada e uma versão ao vivo, que iria entrar em cartaz ao término da pandemia. A gravação foi feita em janeiro de 2021, em um período de breve calmaria que antecedeu a tempestuosa segunda onda da doença. Porém, o espetáculo aberto ao grande público nunca veio a se realizar: no dia 6 de junho do mesmo ano, Camila Amado veio a falecer na residência de um dos seus filhos na Gávea, zona sul carioca. A atriz tinha 82 anos e lutava contra um câncer de pâncreas. Semanas antes de morrer, conseguiu assistir ao resultado final do último registro de sua brilhante carreira.

“As Cadeiras” traz a história de um casal de idosos isolados em uma ilha e que precisam lidar com a alienação, a solidão, o tédio e uma busca desesperada para entender a humanidade – um perfeito paralelo com o cenário da quarentena. O filme estreou no Rio de Janeiro em setembro, seguiu para uma turnê por São Paulo, Recife, Brasília, Fortaleza e agora está de volta na capital fluminense. O espetáculo também encerra as cinco décadas de amizade entre Nanini e Camila, que foram colegas de profissão desde a década de 1970.

Crédito das fotos: divulgação

 

O diretor Fernando Libonati trabalhando na produção das filmagens, ainda durante a pandemia da Covid-19

 

Fernando Libonati, Marco Nanini e a diretora de movimento Deborah Colker

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