Renascendo das cinzas

abril 4, 2023

Estreia do espetáculo "Museu Nacional - todas as vozes do fogo" reúne Antonio Fagundes e Alexandra Martins, entre outros, no Rio

É a chama da memória, impedindo a História de virar cinzas: na noite da última segunda-feira (3) foi realizada a estreia do espetáculo “Museu Nacional – todas as vozes do fogo”, no Teatro Riachuelo, Rio de Janeiro. Em sua primeira noite em cartaz, a peça contou com grandes nomes do audiovisual brasileiro em sua plateia, como Antonio Fagundes, acompanhado de Alexandra Martins, Marieta Severo, Caio Blat, Gregório Duviver, Bianca Byington, Leticia Isnard, Andreia Horta, entre outros.

Escrito e dirigido por Vinicius Calderoni e com direção musical de Alfredo Del-Penho e Beto Lemos, a peça é uma imersão imaginada ao prédio do Museu Nacional – que em 2018 sofreu um incêndio catastrófico.

– Em “Museu Nacional – todos as vozes do fogo”, falo sobre a história de um lugar, que representa a fundação de um país e abrigou uma série de eventos históricos: foi a casa do Império; onde Leopoldina assinou a declaração de Independência do Brasil; onde foi assinada a primeira Constituição do país; onde se deu o início da República; e originalmente foi a casa de um mercador de escravizados. E ao mesmo tempo é esse lugar que passou a reunir um patrimônio gigantesco, que encerra todas essas contradições. Por isso o incêndio, de uma certa maneira, é o fim de uma ideia de Brasil. Tem essa carga simbólica – analisa Calderoni.

O espetáculo é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale e pela Eletrobras Furnas, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, sendo uma produção da Cia Barca dos Corações Partidos, que em 2023 celebra seus dez anos. Foram compostos vinte temas inéditos para a peça, abrangendo diferentes gêneros musicais brasileiros. No palco, um elenco de atores multi-instrumentistas e cantores que fazem parte da cia – Adrén Alves, Alfredo Del-Penho, Beto Lemos, Eduardo Rios e Ricca Barros – e sete artistas convidados – Adassa Martins, Aline Gonçalves, Ana Carbatti, Felipe Frazão, Júlia Tizumba, Lucas dos Prazeres e Rosa Peixoto. O que foi retirado do povo brasileiro em tragédia, em esperança por um futuro melhor a arte devolve.

Crédito das fotos: Cristina Granato

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