O envolvimento de Emicida com a cultura extrapola as divisas da música. O rapper vai mostrar uma faceta desconhecida por seus fãs: a de curador de arte. Isso mesmo. O cantor e compositor assina pela primeira vez a curadoria de uma exposição que será aberta no Rio de Janeiro. Emicida é um dos responsáveis por “Etnogênese – O que é e o que pode ser”, que Marcelino Melo, o Quebradinha, inaugura no Museu de Arte de Niterói, o MAC, no próximo sábado (07).
O cantor atendeu ao convite de Luiza Testa e Patricia Borges,que dividem a curadoria com ele. A proposta da mostra, que ocupará o prédio principal daquele centro cultural e o Maquinho, é a de ir além da contemplação. Ações socioeducativas também serão realizadas ao longo da temporada, que vai até 24 de novembro.
O artista visual de 30 anos nasceu em Carneiros, cidade de apenas 8 mil habitantes no sertão de Alagoas e leva às suas obras questionamentos ligados à sua realidade e às das periferias. Tanto que o nome artístico surgiu pela abordagem relacionada ao urbanismo das favelas.
– As pessoas vão conhecer de perto um trabalho que já sabem que existe, no entanto, com uma nova proposta, em direção ao lúdico, ao afetivo, à memória e à territorialidade, não só das favelas, mas do interno que nos habita – arremata o artista, disposto a quebrar tudo no melhor dos sentidos.