Força, liberdade e ousadia são apenas alguns dos símbolos presentes na carreira (e na vida) de Preta Gil, que, nesta segunda-feira (08), completa 48 primaveras. Inspirados pela data, listamos cinco razões nas quais a artista encoraja, através do seu posicionamento e fala assertiva, mulheres a ocuparem todos os espaços e a chegarem aonde quiserem.
Coragem
Preta Gil lançou-se como artista aos 28 anos e, antes de se “assumir” cantora, como ela mesma diz, trabalhou em agências de publicidade e fez de tudo um pouco. Entre essas idas e vindas, conheceu a empresária Monique Gardenberg, com quem trabalhou na Dueto Produções, responsável por eventos como o saudoso Free Jazz Festival. No auge da Dueto, motivada por questões emocionais e existenciais, Preta deixa a produtora para entrar de sola no meio musical.
Ousadia
Um fato muito comentado em 2003 foi “Pret-a-Porter” (2003), primeiro CD da artista. Na capa e no encarte, Preta aparece completamente nua. Os cliques foram realizados pela fotógrafa Vânia Toledo. A atitude, na época, rendeu críticas e expôs preconceitos que foram um choque de realidade para a artista. Na série “Em casa com os Gil”, lançada em 2022, Preta recorda o episódio e os ataques que sofreu ao lançar o disco. Ela conta que, naquele momento, entendeu que diferentemente da realidade em que vivia no meio familiar, o mundo não aceitava a diversidade.
Fora dos padrões
É nítido perceber que Preta Gil não se rendeu às críticas e foi uma das primeiras mulheres a valorizar o corpo fora dos padrões impostos pela sociedade. No universo feminino, a busca pela aparência ideal sempre foi um tabu ou, muitas vezes, motivos para preocupação, vergonha e culpa. Atitude de mulheres como ela fez com que muitas se sentissem reconhecidas em seus corpos reais, o que contribuiu e abriu o leque para a discussão sobre os padrões de beleza femininos.
Posicionamento
Diversidade é uma pauta que rege a vida da artista, e ela faz questão de colocar isso em tudo, inclusive nas redes sociais. Não somente ao falar de empoderamento feminino, autoamor e aceitação dos corpos como são, a cantora bate na tecla da liberdade e do respeito às populações negras e dos direitos LGBTQIA+. Assumidamente bissexual, ela faz questão de afirmar que essas são lutas diárias e, por isso, compartilha perfis voltados ao empreendedorismo negro e participa de iniciativas voltadas à liberdade e à diversidade.
Mulher de negócios
Preta Gil começou, aos 16 anos, a se ligar no empreendedorismo. Cantora que, há mais de uma década, arrasta mais de 300 mil pessoas no Carnaval com o “Bloco da Preta”, ela é responsável juntamente com Fatima Pissarra, sua sócia, pela Mynd, agência de Marketing especializada em música, entretenimento e cultura digital. A empresa responde por artistas como Agnes Nunes, Cleo, Babu Santana, Mumuzinho e Heloísa Périssé, entre outros. Fora isso, conquistou, em 2019, o Prêmio Caboré, o maior da publicidade brasileira.