Ela é o mais importante nome feminino da nossa poesia em atividade no país. E, numa mesma semana, recebeu duas notícias que reconhecem a qualidade da sua produção literária. Ainda sob o impacto de que fora escolhida para receber o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, a poeta mineira Adélia Prado soube que também receberá o Camões, a mais alta honraria da Língua Portuguesa.
A escritora recebeu as boas novas na sua casa em Divinópolis (MG), cidade que ajudou a tornar célebre através de seus textos e em entrevistas. E, em razão da idade avançada e por questões de saúde, a poeta vai comparecer de forma remota à cerimônia na ABL, marcada para o dia 18 deste mês. A escritora será representada na ocasião pela filha, Ana.
O fato é que Adélia vai manifestar-se em um vídeo gravado previamente. Está em curso na Casa uma ideia de a escritora responder, também por vídeo, a perguntas de três imortais. Dois deles já estão escolhidos: o poeta Antonio Carlos Secchin e o professor Domício Proença Filho, que presidiu a ABL entre 2016 e 2017.
A autora de 88 anos vai receber R$ 100 mil da Academia Brasileira de letras e o mesmo valor em euros do Camões, o que vai representar o equivalente a R$ 590 mil.