Poesia como resgate de si

agosto 9, 2024

Anna Lúcia Maestri faz sua aguardada estreia literária com seleta de textos escritos de 2017 para cá

Os fatos da realidade são a principal matéria prima do jornalismo. E as notícias veiculadas pela imprensa podem, por sua vez, inspirar poetas. Anna Lúcia Maestri que o diga. Veio de uma notícia a frase que dá título ao livro com que a poeta faz sua aguardada estreia na literatura. “Tapetes são cidades de dançar” (Editora Devir) será lançado no próximo sábado (17), no Marco Zero, em São Paulo.

Era ainda o primeiro ano da pandemia quando a escritora, isolada (e entristecida) em Santa Catarina, leu uma notícia que  melhorou seu humor.  O isolamento provocado pelas então regras sanitárias vigentes não impediu uma celebração de rua. O evento, que tradicionalmente acontecia ao ar livre, deu-se de forma remota, com as pessoas dançando…  sobre tapetes nas suas casas.

– Eu estava num momento bem vulnerável em razão da falta de perspectivas quando essa notícia me mostrou que era possível realizar as coisas sob novas diretrizes – explica a poeta revelando também seu processo de criação:  –  A primeira coisa que me veio à cabeça foi a frase, usada no título do livro, e depois é que veio o poema. E a poesia tem essa função: ela resgata nossa humanidade.

E por falar em transformação, a autora começou a escrever de forma mais sistemática a partir de 2017. E hoje, aos 24 anos, reúne na coletânea uma seleta dessa produção. A orelha da edição é assinada pela escritora e editora Bianca Monteiro Garcia, uma das primeiras pessoas a quem Anna Lúcia confiou seus escritos.

– Ela foi a primeira pessoa que abraçou o livro e, por isso torceu muito para que ele acontecesse. E não só isso: ela atentou para características da minha escrita que eu, que conheço esses textos há tempos, jamais havia percebido – celebra a autora.

Crédito da imagem: Isabela Arantes

 

MAIS LIDAS

Posts recentes

Tudo nos trinques

Joana Paixão e Ricardo Chalfin casam-se no Copacabana Palace em cerimônia como há muito o Rio não via