O Teatro Rival Petrobras abre, pela primeira vez em 90 anos, sua agenda à celebração da cultura negra. O “Novembro Negro,” trará, ao longo de um mês, artistas pretos de diversos estilos musicais e das artes cênicas. A iniciativa celebra o Mês da Consciência Negra, data que reforça a importância da identidade negra no mundo. E a grande Zezé Motta abre os trabalhos nesta sexta (1º de novembro).
A diva fará o o show “Coração vagabundo – Zezé canta Caetano”, no qual interpreta 22 obras do compositor baiano. E, no Feriado de Finados (02), uma novidade especial para as crianças: “O pequeno herói preto”, um musical especialmente pensado para eles será apresentado pelo ator Junior Dantas.
— A cultura negra é cultura de resistência. Inovar é uma ousadia quando se tem nove décadas de história, mas o Rival é abusado e quer contribuir para a formação de plateia desde a infância, por isso estamos trazendo mais uma novidade, uma peça voltada para o público infanto-juvenil — destaca Angela Leal, diretora do teatro.
No feriado de Zumbi e da Consciência Negra (20), quem sobe ao palco é o ator Samuel de Assis com o monólogo “E vocês, quem são”, peça, que reflete sobre identidade e ancestralidade. Outro espetáculo na programação é a peça “Pelada – A hora da gaymada”, vencedora do Prêmio Shell de Teatro na categoria Música.
A programação musical fica a cargo das divas Rosa Marya Colin, que apresenta um repertório essencialmente de blues no dia 07, e Áurea Martins que derramará no palco toda a ancestralidade da cultura negra com o show “Senhora das folhas” no dia (29).
Firmando compromisso com o novo, o mês também vai dar espaço para artistas que vão se apresentar pela primeira vez. É o caso de João e Nara Gil (neto e filha de Gilberto Gil), que farão um repertório afetivo com canções de compositores queridos pelos dois no dia 21.
Tia Surica também se junta à festa: vai comemorar seu aniversário de 84 anos no teatro. Convocou vários convidados de honra, como Teresa Cristina, Marquinhos de Oswaldo Cruz e Marquinhos Diniz, Ana Costa, Charlles André, Velha Guarda Musical da Mangueira, que fecha a programação no dia (30), apresentando clássicos de compositores mangueirenses.
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