Pipas nada avoadas

fevereiro 26, 2024

Sílvia Machete e Maria Luiza Jobim gravam juntas pela primeira vez tema em que homenageiam Tom Jobim

São dois talentos da nova geração da música que se encontram. Elas já cantaram juntas, trabalharam juntas e agora gravam juntas pela primeira vez. E homenageando um Brasileiro (em maiúscula mesmo) que é um dos maiores compositores do planeta. Sílvia Machete e Maria Luíza Jobim unem seus timbres únicos em “Two kites”, canção de Tom Jobim (1927-1994), pai de Maria Luiza,e lançada pelo Maestro Soberano no LP “Terra Brasilis”, de 1980.

A regravação de “Two kites” estará no novo álbum de Machete, “Invisible woman” (Biscoito Fino), com previsão de lançamento para abril e que chega como single às plataformas digitais nesta terça-feira (27). A faixa será a única regravação do álbum, todo com canções autorais em inglês, a exemplo do álbum mais recente da cantora, no qual apresentou a persona artística Rhonda.

– Pesquisando músicas em inglês de compositores brasileiros, encontrei ‘Two Kites’, do Tom. Fiquei louca com essa letra, quis muito gravá-la, e achei que caberia no repertório do novo álbum – conta Machete que chamou Lalo Brusco e Alberto Continentino para colaborarem na sonoridade do novo projeto.

Os laços entre Machete e Maria Luiza vem se estreitando de alguns anos para cá – e rendendo bons encontros. A primeira assinou recentemente a direção do novo show da segunda, que lançou seu novo álbum, “Azul”, em 2023. As afinidades afloraram a partir das participações de Marilu, como era chamada por Tom, em dois shows de Machete em São Paulo, com a artista relembra:

– Ela me disse que “Two kites” era uma das suas canções favoritas, e nós a cantamos  juntas nesses shows. As outras foram “Meditation” (versão de “Meditação) e “I love missing you”, de “Rhonda”. E fomos viajando nessa história do cancioneiro norte-americano, que é muito rico.

E a viagem não é só musical, mas visual. O material de promoção de “Two kites” tem ares de anos 1950, quando Tom dedilhava seu piano em pequenos ambientes como o do hoje mítico Clube da Chave. O instrumento visto ao fundo das fotos é o do próprio Tom, inclusive.

Como eternizado por ele, o samba de Maria Luiza é bonito pra chuchu. Se feito na companhia de Sílvia Machete, o resultado é ainda mais belo. Essas duas pipas vão longe.

Crédito das imagens: Alex Santana

Maria Luiza Jobim e Sílvia Machete: dry martini e clima vintage com o piano de Tom Jobim ao fundo

 

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