O cantor e compositor Roger Waters, que sempre usou de suas performances para defender causas humanitárias, usou de suas redes sociais para defender-se das acusações de que propaga o ódio em sua mais recente apresentação, “This is not a drill”, com a qual se despede dos palcos. Ele virá ao Brasil para apresentações em seis cidades, sendo que, em São Paulo, foi aberta uma data extra, como antecipado por NEW MAG.
“Os elementos de minha performance que foram questionados são claramente uma declaração em oposição ao fascismo, a injustiça e ao fanatismo em todas as suas formas”, declarou o roqueiro enfatizando a seguir: “As tentativas de retratar esses elementos como algo diferente são dissimuladas e politicamente motivadas. A representação de um demagogo fascista desequilibrado tem sido uma característica dos meus shows desde “The Wall”, do Pink Floyd, em 1980”.
O artista está sendo investigado pela polícia alemã após o show apresentado em Berlim, no qual uma peça do figurino alude ao uniforme usado pelos nazistas. Na Alemanha é proibido fazer qualquer tipo de menção ou alusão ao nazismo. O episódio suscitou protestos dentro da comunidade judaica e de grupos que repudiam o genocídio de judeus na Segunda Guerra.
.”Passei minha vida inteira falando contra o autoritarismo e a opressão onde quer que os veja. Quando eu era criança, depois da guerra, o nome de Anne Frank era frequentemente falado em nossa casa (…). Meus pais lutaram contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial, com meu pai pagando o preço final”, explica o artista no texto.