Eles se admiram há muito. Desde os tempos em que começaram no teatro, mais ou menos na mesma época, ainda em Salvador. Já se assistiram mutuamente – várias vezes – e, curiosamente, não tinham trabalhado juntos no teatro ainda. E o advérbio de tempo está com seus dias contados quando se trata de Laila Garin e de Lázaro Ramos.
Amigos e fãs recíprocos, os dois vão trabalhar juntos no teatro pela primeira vez. Sim, mas sem contracenarem ainda – e o advérbio volta então a ter serventia. Lázaro terá sua voz ouvida na comédia “Músicas que fiz em seu nome”, que, sob direção de Gustavo Barchilon, a cantriz apresenta, a partir de terça (11), no Teatro do Belmond Copacabana Palace, Zona Sul do Rio de Janeiro.
É dele a voz de Miracle Forme, inteligência artificial à qual a personagem de Laila recorre para deletar da memória – a dela, no caso – as lembranças ruins.
– Lázaro e eu nos assistimos muito, desde lá na Bahia, mas nunca havíamos trabalhado juntos num mesmo projeto teatral – celebra a atriz, que assina o texto juntamente com Tauã Delmiro a partir da consultoria de conteúdo dada por uma craque quando se trata da palavra: a poeta e filósofa Viviane Mosé.