Pioneirismo é uma das marcas de Maria Firmina dos Reis (1822-1917). A escritora, apontada como a primeira romancista brasileira, tem sua memória reavivada no ano de seu bicentenário. E o feito partiu também de uma mulher. Mais exatamente uma artista. A moça em questão é Socorro Lira, compositora paraibana radicada em São Paulo.
Ela colocou melodia nos poemas de “Cantos á beira-mar”, lançado por Firmina em 1871. Sacramentada a parceria, as canções inspiraram álbum homônimo, lançado em 2019, e, dois anos depois, chegaram ao palco para celebrar os 150 anos da coletânea de poemas.
E voltam agora à cena para celebrar os 200 anos da autora. “Cantos à beira-mar” será apresentado nesta terça (07), no Sesc Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, após passar pelas sedes de Nova Iguaçu, na Baixada, e de Teresópolis, na Região Serrana fluminense.
O mergulho de Lira na obra da escritora vem do projeto “Aviva VOZ”, que resgata o legado de dez mulheres que produziram obras literárias entre os séculos XVIII e XX. A pesquisa envolve ainda as escritoras Maria Valéria Rezende e Susana Ventura.