Ele foi, de fato, o maior dramaturgo brasileiro de todos os tempos – e assim se mantém. Os dramas humanos ele os conhecia (muito bem) e também os levava a outras searas literárias como a da crônica. Estamos falando de Nelson Rodrigues (1912-1980), um de nossos maiores escritores. As crônicas produzidas entre 1951 e 1966 suscitaram uma reunião de textos que ficou conhecida como “A vida como ela é”.
Esse conjunto volta às livrarias numa nova e ampliada edição. Sim, são 25 novos textos acrescidos aos mais de 90 da reunião original. A nova edição sai pela Nova Fronteira com prefácio do jornalista Paulo Werneck.
As crônicas foram originalmente publicadas em três jornais para os quais Nelson colaborou: Última Hora e Diário da Noite, onde saiu a maioria delas, e, mais adiante, em 1966, no Jornal dos Sports.
Os textos fizeram tanto sucesso que chegaram a outros veículos. No rádio, foram lidos pelo grande ator Procópio Ferreira (1898-1979) e, anos mais tarde, inspiraram uma série exibida no “Fantástico”, da TV Globo. E a nova edição tem tudo para mostrar que Nelson é, à maneira de Drummond, mais do que moderno; eterno.
