Em um país como o Brasil, que carrega a lamentável fama de ser o lugar onde mais mata a população LGBTQIA+ no mundo, tratar de temas que defendam o direito de existir das pessoas que fazem parte da comunidade é fundamental. Conhecido como o primeiro homem transexual a apresentar o reality show “Queer Eye Brasil” da Netflix, o influenciador e apresentador Luca Scarpelli protagoniza no documentário “Eu, um outro”, como é se reconhecer como um homem trans e viver no Brasil. O filme chega às telas no dia 10 de novembro.
– Participar deste documentário foi muito importante pra mim, pra celebrar o homem que eu sou. Reencontrar meu primeiro amor foi assustador e muito bonito ao mesmo tempo – comenta Luca Scarpelli.
Com direção de Silvia Godinho, produção de Claudia Santos e distribuição da O2 Play, o documentário é o resultado da curiosidade da própria diretora em retratar as pessoas trans no país. O filme conta a história de três personagens que nasceram como mulheres biológicas, mas que compartilham em comum, a urgência de viver uma vida que acaba de começar. Segundo Silvia, o homem trans é o mais invisibilizado da sigla e a intenção do filme é registrar e naturalizar os corpos trans na vida em comunidade.
– Espero que o filme consiga proporcionar uma experiência de alteridade e faça o público refletir sobre quão diferentes somos uns dos outros e, ao mesmo tempo, como todos atravessamos experiências semelhantes, que nos conectam enquanto seres humanos. Ou seja, como o exercício da empatia pode nos tornar pessoas melhores, com um olhar mais amoroso sobre o outro e o mundo – declara Silvia.
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