Colecionar e selecionar obras de arte é um trabalho minucioso e importante para as artes plásticas brasileiras. Este foi o legado deixado pelo advogado Luiz Buarque de Hollanda (1939 – 1999), que criou um grande acervo ao longo de três décadas e ainda administrou uma galeria que levava o seu nome entre 1973 de 1978. Para celebrar isso, a exposição “Um olhar afetivo para a arte brasileira: Luiz Buarque de Hollanda” foi inaugurada no último sábado, na galeria Flexa, no Leblon, no Rio de Janeiro.
A curadoria é de Felipe Scovino e a expografia da cineasta Daniela Thomas. Grandes nomes das artes foram à inauguração para conhecer parte deste acervo precioso, como Vik Muniz (foto), Adriana Varejão, César Oiticica Filho, além da atriz Guilhermina Guinle, os cineastas Sandra Kogut e Neville d’Almeida, a empresária Kati de Almeida Braga e a escritora Heloísa Teixeira, membro da Academia Brasileira de Letras.
— O espaço que antes me pareceu imenso, da galeria de três andares, revelou-se exíguo quando me deparei pela primeira vez com a lista de obras da coleção de Luiz Buarque, selecionada por Felipe Scovino. Logo me dei conta, por outro lado, que esta é a questão central para o colecionador: nunca há espaço suficiente para expor os itens da sua coleção, e mesmo assim, ele tenta — avalia Daniela Thomas.
A exposição foi dividida em quatro partes, cada uma contemplando uma área de interesse do colecionador. São elas: “Paisagem: do encantamento à hostilidade”, “Aproximações improváveis: o retrato entre o social e o
libidinoso”, “Corpo partido” e “Linguagens construtivas e desdobramentos disruptivos”.
Crédito das imagens: Cristina Granato