Elis Regina estava prestes a completar 10 anos na então gravadora Philips (hoje Universal) quando André Midani perguntou como ela gostaria de celebrar a data. “Quero gravar com Tom Jobim”, respondeu a cantora sem pestanejar. Dias depois, Elis, o pianista e arranjador César Camargo Mariano e alguns poucos (e valiosos) músicos embarcavam para Los Angeles, nos EUA, onde Tom vivia na época. Começava ali uma série de encontros que culminaria no álbum “Elis e Tom”, lançado em 1974 e considerado uma verdadeira obra-prima da discografia musical brasileira.
Os bastidores da gravação deste disco histórico são revelados num filme. “Elis e Tom – Só tinha de ser com você”, dirigido por Roberto de Oliveira, foi lançado na noite da última segunda-feira (10), no Cine Odeon, como parte da programação do Festival do Rio.
A cantora Marisa Monte prestigiou o marido, Diogo Pires Gonçalves, um dos produtores do longa. A noite reuniu parte representativa das famílias Jobim e Monte, além de nomes da música e do cinema. Marisa não disfarçava o entusiasmo com a produção:
– O filme vai ser um sucesso porque é um documentário que revela a intimidade criativa de dois gênios da música brasileira.
Um dos fatores que levaram o diretor Roberto de Oliveira a topar a empreitada foi a possibilidade de aproximar as novas gerações dos legados dos dois artistas:
– Fizemos o filme pensando muito no público jovem que não conviveu nem com Elis nem com o Tom. É para que novos públicos e novas plateias conheçam melhor esses dois gênios da música brasileira.
Crédito das imagens: Eny Miranda