O poeta está vivo

janeiro 11, 2023

Paulo Mendes Campos tem sua poesia reunida num resgate merecido de seu importante legado

Quando se fala dos grandes intelectuais brasileiros, um nome é comumente lembrado: o de Paulo Mendes Campos (1922-1991). Nascido em Belo Horizonte (MG), ele estabeleceu uma interlocução riquíssima com três dos seus conterrâneos: o escritor Fernando Sabino (1923-2004), o psicanalista Hélio Pellegrino (1924-1988) e o jornalista e escritor Otto Lara Resende (1922-1992). Numa injustiça do acaso, Paulo continuou lembrado, mas deixou de ser lido em razão de seus escritos não serem mais reeditados.

Há décadas esgotados, seus livros de poemas são agora merecidamente reunidos. “Poesia” (Companhia das Letras) abarca desde seu livro de estreia, “A palavra escrita”, lançado em 1951, quando o poeta já vivia no Rio de Janeiro, e traz ainda textos esparsos – e nunca publicados em livro –, guardados pelo Instituto Moreira Salles (IMS), além de alguns poemas por ele traduzidos, uma vez que Paulo foi também um tradutor de mão cheia. A edição está prevista para chegar às livrarias no dia 21 deste mês.

A reunião de seus livros é uma oportunidade de as novas gerações conhecerem o legado desse grande poeta, tão comentado e pouco lido, além de proporcionar a seus leitores a possibilidade de terem em mãos a poesia reunida do escritor. Que bom que isso enfim se dá.

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