O momento é de celebrações para Ana Cañas – e o verbo fica no plural mesmo. A cantora, uma das mais talentosas da sua geração, festeja a acolhida ao show no qual recria parte do cancioneiro de Belchior (1946-2017) e escolheu o Rio de Janeiro para encerrar a bem-sucedida turnê. A derradeira apresentação será no Vivo Rio, Centro da cidade, onde ela se apresenta no dia 26 deste mês. O show contabiliza 180 apresentações e foi visto por mais de 100 mil pessoas, tendo sido escolhido o Melhor Espetáculo do Ano de 2023 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).
– Essa turnê me emocionou tanto… É o momento mais bonito de toda a minha carreira – reconhece a artista em depoimento ao NEW MAG, reverenciando também o grande compositor: . – Encerrá-la com apresentações especiais em casas incríveis, acima de tudo, é o que o Belchior merece.
A adesão ao projeto surpreendeu a artista, comumente associada ao pop. A ideia surgiu de uma live, apresentada no primeiro ano da pandemia, que foi assistida por mais de 600 mil pessoas. Na medida em que as casas de espetáculo foram reabrindo, ganhou força a ideia de levar o show para o palco com o intuito de fazer uma única apresentação somente. E quem disse que os fãs da artista e os do compositor deixaram?
– Essas últimas apresentações serão muito especiais. Tivemos convidados maravilhosos em algumas cidades, música inédita de Belchior (“Um rolê no Céu”) e a certeza de que o legado do poeta de Sobral está entre os maiores da história da música brasileira – celebra Canãs, que terá um convidado especial no show do Rio, cujo nome é guardado a sete chaves.
Outro fato celebrado por ela é o de ter voltado a compor. Nos intervalos entre os shows e as viagens, Ana pegava o violão e mandava ver. E tem agora canções suficientes para um novo projeto que deve ser lançado entre o fim deste ano e o próximo, como ela conta:
– Aproveitei os momentos de folga para trabalhar (risos) e isso foi bom, pois tenho agora um repertório todo de inéditas.
Sim, o momento, como dito, é de celebrações para Ana Cañas. Então, som na caixa, moça!
Crédito da imagem: Marcus Steinmeyer