Um fato chamou atenção no debate transmitido pela TV Globo, na noite da última sexta-feira (28), com os candidatos à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Diante do fato de o atual presidente se esquivar de responder a questões trazidas por seu adversário, Lula se referiu a ele como “candidato de uma nota só”. A expressão, repetida por três vezes, alude ao “Samba de uma nota só”, composto por Tom Jobim (1927-1994) e Newton Mendonça (1927-1960), lançada em 1960 por Sylvinha Telles (1934-1966).
NEW MAG procurou o grande Roberto Menescal, autor de clássicos da bossa nova e um dos pilares do gênero, para saber o que ele achou da questão. O músico não assistiu ao debate. Menescal é da opinião de que ele serve mais para a troca de acusações do que para a explanação de propostas de governo:
– Não vi o debate. Não aguento mais esse tipo de coisa onde um fica acusando o outro de corrupção e roubo e ninguém apresenta bons planos de governo.
Muitos brasileiros compartilham da mesma opinião, e as redes sociais mostram isso. Há quem diga, inclusive, que o formato do debate, surgido nos EUA, está desgastado. A questão precisa ser repensada pelas emissoras de TV. Que venha 2026.