Nicette Bruno terá sua vida contada finalmente (e merecidamente) numa biografia – a primeira sobre a atriz, que faleceu no fim de 2020, em razão de complicações da Covid-19. A obra é assinada pelo escritor e dramaturgo Cacau Hygino, que, numa dessas coincidências do destino, finalizou o livro em 20 de dezembro de 2020, justo o dia em que a artista partiu.
– Colocado o ponto final é que soube, algumas horas depois, da partida da Nicette – revela o escritor que se emociona ao relembrar a última conversa por telefone com a atriz, no dia da sua internação: – Ela me disse assim: “Meu filho, vou me internar para um check-up e, na volta, você me mostra o resultado do livro”. E não voltou mais.
As entrevistas para o livro iriam começar em 2018, mas a atriz começou os ensaios do musical “Pippin” – seu derradeiro trabalho no teatro. O isolamento imposto pela pandemia acabou por favorecer as conversas.
O escritor chegou a escolher o título “Nicette – a grande mãe do Brasil” para a obra, mas voltou atrás. Uma coisa é certa: a palavra mãe não está descartada, como adianta o autor:
– Muitos dos atores entrevistados destacavam essa característica na Nicette. Ela cuidava dos colegas com que contracenava como das pessoas no seu entorno. Esse lado maternal era muito forte nela.
Casada por 56 anos com o ator Paulo Goulart (1933-2014), Nicette é mãe dos também atores Bárbara Bruno, Beth Goulart e Paulo Goulart Filho.
