Narrativas vitais

janeiro 6, 2023

O ator Samir Murad estreia solo no qual mescla as histórias dos pais imigrantes às memórias de sua vida

Ao longo da sua criação, Samir Murad ouviu do pai, imigrante libanês, incontáveis histórias. Muitas delas tratavam da necessidade de se adaptar a uma nova vida. O menino cresceu e, no teatro, desenvolveu uma linha de pesquisa pautada pelos ensinamentos de Antonin Artaud (1896-1948), na qual o corpo do ator é um elemento de suma importância para a criação – da personagem à dramaturgia. E seu trabalho mais recente, “Cícero – A anarquia de um Corpo Santo”, no qual contou a história do mítico Padre Cícero (1844-1934), é uma prova do quão visceral é a relação com seu ofício.

Murad volta aos palcos este ano pautado por uma nova busca. E isso vale tanto para a encenação, dividida com Delson Antunes,  quanto para a narrativa. Em “O cachorro que se recusou a morrer”, que estreia nesta sexta (06), no Brigitte Blair, em Copacabana, Zona sul do Rio de Janeiro, ele costura as histórias ouvidas dos pais às próprias memórias, num resultado que o aproxima do público sem subterfúgios.

Acredito que essa história cumpre a função essencial do teatro: emocionar e provocar uma reflexão sobre a condição humana – explica ele destacando o intuito de uma comunicação mais direta com a plateia: – Quero uma nova forma de narrativa, mais simples, mais contida e essencial. Meu foco, é a alma do texto. O diálogo com o público.

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