Alinne Moraes está no rol das mais belas atrizes e modelos brasileiras (quiçá do mundo). Nascida em Sorocaba, no interior de São Paulo, iniciou uma careira meteórica de modelo aos 13 anos de idade. Logo nos anos seguintes, já realizava trabalhos no Japão, Nova York, Paris e Milão. Mas foi em 2002, um ano após seu retornou ao Brasil, que sua carreira como atriz veio à tona ao interpretar a mãe adolescente Rosana na novela “Coração de Estudante”. De lá pra cá, foram 14 novelas, 11 episódios em séries, 13 longas, 3 participações no teatro e 9 premiações (das 34 indicações que recebeu). Também coleciona os títulos de “Mulher Mais Sexy do Mundo” pela Revista Vip (2004) e “Mulher Mais Sexy do Brasil” pela Revista IstoÉ Gente (2011). Em conversa com o New Mag, Alinne fala sobre as delícias de interpretar a personagem Bárbara na TV e do despertar trazido pela maternidade. Politizada, ela dispara: “Temos que nos posicionar claramente, não vou ficar em cima do muro”.
Na novela ‘Um Lugar ao Sol’ você vive a antagonista Bárbara. Você considera a personagem uma vilã? As vilãs são mais gostosas de interpretar do que as heroínas?
As vilãs podem tudo. São loucas, complexas, tudo é possível, assim como na interpretação, são muitas opções. Adoro interpretar vilãs. Bárbara é uma personagem cheia de contradições, mas também tem qualidades humanas, ela quer ser uma pessoa melhor.
Em 2003, você viveu Rafaela, uma personagem lésbica em ‘Mulheres Apaixonadas’. Como foi o comportamento do público nas ruas com você? Houve hostilidade?
Recebi muitas cartas na época, agradecendo por estar contando aquela história. A novela também expôs o sofrimento das meninas por conta do preconceito que enfrentavam na rua, com a família, com os amigos. O público torceu muito pelo casal.
Há sete anos você deu à luz ao Pedro, seu filho com o Mauro Lima. O que mudou na sua vida com a chegada do Pedro?
A maternidade trouxe uma força que eu desconhecia. Eu me sinto mais completa e sou grata por ele me transformar a cada dia. Eu simplesmente conheci o maior amor do mundo.
Você é engajada politicamente e já declarou ser contra o atual Governo. Como você avalia os artistas que ficam em cima do muro por temer a perda de seguidores nas redes sociais?
Eu diria que em “condições normais” cabe ao artista decidir quando e sobre o que acha necessário se posicionar. Mas nesse momento acho mais do que necessário. Não adianta se calar temendo uma reação, ela já houve, a classe artística foi tratada como uma associação de vagabundos diante do silêncio de muita gente. Até da imprensa. Temos que nos posicionar claramente, não vou ficar em cima do muro.
No passado, você já esteve na mira da ‘Playboy’, mas nunca aceitou posar para a revista. Por quê? Como você encara a nudez?
Já fiz alguns nus, alguns ensaios como modelo, sempre foi natural. Mas nunca posei pra Playboy, nunca foi um sonho. O que aconteceu foram especulações [risos].
